Descrição de chapéu Copa do Mundo

Fifa lança canal de denúncia em defesa de direitos humanos

Entidade não menciona a Rússia, que sofreu denúncias de racismo e homofobia no futebol

Fábio Aleixo
Moscou

Às vésperas do início da Copa do Mundo da Rússia, em 14 de junho, a Fifa lançou em seu site nesta terca-feira (29) um sistema que permite a jornalistas e defensores dos direitos humanos fazerem denúncias caso haja restrições ao trabalho e violações em países onde a entidade abriga seus torneios.

De acordo com a Fifa, a ferramenta foi criada após um ano de estudos e relatórios elaborados por entidades especializadas, incluindo o seu Conselho de Direitos Humanos.

A Fifa não fez nenhuma menção específica à Rússia em seu comunicado.

Mas na preparação do país para o Mundial, diversas entidades relataram condições precárias para os trabalhadores em obras das arenas.

O país enfrentou também casos de racismo no futebol.

Quanto à liberdade de imprensa, o jornalista alemão Hajo Seppelt, que fez documentários sobre o esquema de antidoping russo, teve seu visto negado pelas autoridades russas após ter sua credencial aprovada pela Fifa.

Após a entidade cobrar uma explicação pelo banimento, a Rússia voltou atrás.

"Este mecanismo pioneiro é uma importante marca em nossos esforços para assegurar a liberdade nas operações da Fifa. A Fifa está comprometida na defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa. Esta é uma medida para que aqueles que batalham por isso não tenham medo", disse Fatma Samoura, secretária-geral da entidade.

Sede da próxima Copa, em 2022, o Qatar também já foi alvo de denúncias em suas obras.

As denúncias serão feitas de forma anônima e serão investigadas pela Fifa tão pronto a entidade as receba.

A Fifa informou também que o país que receber a Copa de 2026 terá obrigatoriamente de seguir seu manual de respeito aos direitos humanos e liberdade de imprensa.

Marrocos e uma candidatura conjunta de Canadá, Estados Unidos e México disputam o Mundial. A eleição será em 13 de junho, em Moscou.

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