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Force India perde pontos e estreia novo nome no GP da Bélgica de F-1

Equipe passa a se chamar Racing Point e manteve os mesmos pilotos

Julianne Cerasoli
Spa-Francorchamps (BEL) | UOL

A Force India revelou o nome com o qual disputará o restante da temporada da Fórmula 1. Depois de ser adquirida por um consórcio liderado pelo pai de Lance Stroll, Lawrence, bilionário famoso no mundo da moda, o time passará a se chamar Racing Point Force India.

Mecânico trabalha diante do boxe da Force India, no autódromo de Spa-Francorchamps (BEL)
Mecânico trabalha diante do boxe da Force India, no autódromo de Spa-Francorchamps (BEL). Os dirigentes da equipe anunciaram nesta quinta-feira (23) que a escuderia disputará o resto da temporada da F-1 com o nome de Racing Point - Francois Lenoir/REUTERS

A mudança, contudo, não é só formal, já que a Force India foi oficialmente excluída do campeonato e o novo time começa a temporada, neste final de semana, no GP da Bélgica, com a pontuação zerada.

Isso também traz outras implicações importantes: como é, na prática, uma nova equipe, a Racing Point ficará de fora da divisão dos lucros com direitos comerciais neste ano e em 2019, uma vez que o regulamento prevê que uma equipe só entra na divisão do bolo caso termine entre os dez primeiros pelo menos duas vezes em três anos.

Os novos compradores, contudo, não tinham escolha. Para comprar a inscrição da Force India e simplesmente continuar a equipe anterior, teriam que esperar a liberação de mais de uma dezena de bancos na Índia, o que atrasaria demais o negócio.

Para se livrar dessa complicação, o grupo liderado por Stroll comprou apenas a estrutura do time, e não sua inscrição.

Com isso, tecnicamente, a Force India foi à falência e, assim, deixou de cumprir com o artigo 8.2 do Regulamento Esportivo, que trata das responsabilidades financeiras das equipes.

Por conta disso, o time foi oficialmente excluído do campeonato e perdeu os 59 pontos conquistados.

À exceção dos pontos e do dinheiro dos direitos comerciais, a nova equipe herda todo o restante do espólio da Force India: os pilotos, pelo menos por enquanto, seguem sendo Sergio Perez e Esteban Ocon. Outros fatores, como a alocação de motores usada até aqui, também são herdados, uma vez que não são ligados à inscrição, mas sim ao construtor.

Depois da entrada da nova equipe ter sido aprovada pela Federação Internacional de Automobilismo, o time vai disputar normalmente o GP da Bélgica neste final de semana. A tendência é que o mexicano Perez, que leva cerca de 15 milhões de euros para o time, permaneça no time ano que vem.

Em Spa, ele disse que sabe onde vai correr ano que vem. “Não é necessário nem assinar o contrato, então é algo que deve se resolver nos próximos dias. É só uma questão de entender o momento da equipe.”

Já o outro piloto será Lance Stroll. Existe a chance real dele assumir o cockpit que hoje é de Esteban Ocon ainda neste ano. Perguntado sobre qual a chance de trocar de time em 2018, o canadense desconversou.

“Você tem de perguntar ao meu empresário”, disse, deixando em aberto a possibilidade de deixar a Williams, que é a última colocada do campeonato, com quatro pontos.

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