Um dia depois que a USA Gymnastics, a federação americana de ginástica artística, apontou uma presidente interina para ajudar a modalidade a deixar para trás meses de tumulto e escândalo, a organização se envolveu em uma nova controvérsia no sábado (13) –e foi criticada por uma das maiores estrelas do esporte.
A nova presidente da federação, Mary Bono, foi criticada por um tuíte anti-Nike que ela postou em setembro, dias depois de a empresa anunciar uma campanha publicitária estrelada por Colin Kaepernick, ex-quarterback da NFL que se ajoelhava durante a execução do hino dos Estados Unidos antes das partidas em protesto contra a desigualdade racial e pelas mortes de negros causadas por ações policiais.
O tuíte redespertou o debate sobre Kaepernick e os protestos no futebol americano, que dividiram o país entre aqueles que os veem como desrespeitosos para com a bandeira nacional e as Forças Armadas, e aqueles que veem a oposição aos protestos como insensibilidade racial.
E isso pode colocar a USA Gymnastics em uma posição difícil. A federação, que perdeu o apoio de grandes empresas em meio ao escândalo quanto aos abusos, não conta com um patrocinador de material esportivo.
Rich Calhoun, pai de quatro filhos que participam da USA Gymnastics e competem em provas de ginástica em Massachusetts, disse estar frustrado por a nova indicação para o comando da organização ter gerado ainda outra controvérsia.
"Depois de tudo que aconteceu, é isso que eles fazem?", ele questionou.
Calhoun disse que o tuíte de Bono parecia zombar daqueles que falam em defesa de pessoas que sofreram abusos. "Isso é o exato oposto do que a USA Gymnastics deveria fazer agora", ele declarou.
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