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Thierry Henry se junta a ex-ídolos da Premier League em nova carreira como técnico

Francês estreia no comando do Monaco neste sábado, contra o Strasbourg

Henry comanda treino do Monaco, em seu primeiro desafio como treinador no futebol profissional
Henry comanda treino do Monaco, em seu primeiro desafio como treinador no futebol profissional - Eric Gaillard/Reuters
Bruno Rodrigues
São Paulo

O grupo de jogadores que marcaram a história do futebol inglês e tornaram-se técnicos recentemente ganhou mais um integrante.

O ex-atacante francês Thierry Henry, 41, maior artilheiro do Arsenal (ING), com 228 gols, faz sua estreia como treinador do Monaco neste sábado (20), diante do Strasbourg, às 15h (de Brasília).

Henry iniciou a caminhada como jogador justamente na equipe francesa, em 1994.

Desde que parou de jogar, em 2012, Henry procurou se manter próximo das quatro linhas. Aliado ao trabalho como comentarista para uma TV inglesa, fez cursos de treinador da Uefa e chegou a treinar durante breve período o sub-18 do Arsenal.

Em 2016, aceitou o convite do espanhol Roberto Martínez para ser seu assistente na seleção da Bélgica. Campeão do mundo com a França em 1998, Henry participou da histórica campanha belga no Mundial da Rússia, em que conquistaram o inédito terceiro lugar para o país.

Seu trabalho com a Bélgica foi bastante elogiado pelo próprio Martínez e por atletas importantes do elenco, como o centroavante Romelu Lukaku, que disse ter aprendido muito com o ex-atacante.

Anunciado pelo Monaco na semana passada, Henry assume o primeiro grande desafio de sua nova empreitada. E o maior desafio entre seus ex-colegas de futebol inglês.

O Monaco é o 18º colocado na França, primeiro na zona de rebaixamento e a 4 pontos do Stade de Reims, primeira equipe fora do descenso. Na Champions League, os monegascos perderam as duas primeiras partidas da fase de grupos: 2 a 1 para o Atlético de Madrid (ESP) e 3 a 0 para o Borussia Dortmund (ALE).

Os maus resultados ocasionaram na demissão de Leonardo Jardim, campeão francês com o clube em 2016/2017, interrompendo uma sequência de quatro títulos do poderoso Paris Saint-Germain.

Ryan Giggs, 44, tomou há alguns anos iniciativa semelhante à de Henry. Em 2014, o galês somou as funções de jogador e assistente técnico de David Moyes, que chegou para suceder Alex Ferguson após 27 anos do escocês à frente do Manchester United.

Antes do fim da temporada 2013/2014, Moyes foi demitido e Giggs, dono de 963 apresentações com a camisa do United, assumiu interinamente para os últimos jogos da equipe na liga. O ex-meio-campista ainda chegou a trabalhar como assistente do holandês Louis van Gaal, mas deixou o clube em 2016 com a chegada de José Mourinho.

Em janeiro deste ano, foi anunciado como treinador do País de Gales. A seleção tenta voltar a uma Copa do Mundo, torneio que disputou apenas uma vez (na Suécia, em 1958).

Companheiros de meio-campo na seleção inglesa, Steven Gerrard e Frank Lampard preferiram dar o pontapé inicial de suas carreiras à beira do campo longe de onde se tornaram figuras consagradas.

​Gerrard, 38, até sentiu o gosto de comandar pela primeira vez um treinamento no time sub-18 do Liverpool, onde jogou por 17 anos. Contudo, em maio deste ano, aceitou convite do Rangers (ESC) para trabalhar na Escócia.

Atualmente, o clube é o 6º colocado na liga nacional. Já na Liga Europa, a equipe lidera o Grupo G com quatro pontos em duas partidas.

Maior artilheiro da história do Chelsea com 211 gols, Frank Lampard, 40, decidiu iniciar como técnico na Inglaterra. Mas na segunda divisão.

Em maio de 2018, tornou-se treinador do Derby County, que busca retornar à primeira divisão após uma década longe da elite —sua última temporada no primeiro escalão foi a 2007/2008.

A equipe ocupa a 8ª colocação da Championship, a segunda divisão da Inglaterra. Nesta temporada, o Derby já eliminou o Manchester United de José Mourinho da Copa da Liga, no que pode ser considerado o primeiro grande feito de Lampard à frente do clube.

Novatos na função, esses ex-astros começam a se preparar para um futuro que certamente os colocará como candidatos a retornarem aos clubes pelos quais brilharam.

Quem sabe reeditando, mas do banco de reservas, os duelos que marcaram os finais de semana do futebol inglês na primeira década do novo milênio.

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