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Final do Australian Open vale número 1 e muito mais para Kvitova e Osaka

Tenistas da República Tcheca e do Japão vivem grande momento em suas carreiras

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Petra Kvitova e Naomi Osaka, finalistas do Australian Open
Petra Kvitova e Naomi Osaka, finalistas do Australian Open - Adnan Abidi/Reuters e Lui Siu Wai/Xinhua
São Paulo

Petra Kvitova, 28, ou Naomi Osaka, 21. Uma das duas tenistas será, pela primeira vez, a nova líder do ranking feminino. A definição da futura dona da posição, ocupada atualmente pela romena Simona Halep, ocorrerá na manhã de sábado (26), na final do Australian Open.

Além do confronto direto pela liderança, algo que também aconteceu na decisão do ano passado, entre Halep e Caroline Wozniacki —a dinamarquesa levou a melhor—, a partida entre Kvitova (hoje a sexta colocada do ranking) e Osaka (na quarta posição) vai coroar o momento fora de série vivido pelas duas atletas.

Kvitova, da República Tcheca, já foi bicampeã de Wimbledon, com títulos em 2011 e 2014. Chegou a ocupar a vice-liderança do ranking, mas por uma diferença pequena de pontos não atingiu o topo.

Em dezembro de 2016, ela foi vítima de um assalto que marcaria sua carreira e a dividira em duas partes, como destacou após avançar às semifinais em Melbourne. "Eu estou chamando esta de minha segunda carreira", disse.

No ataque, a tenista canhota teve sua mão esquerda ferida gravemente com uma faca. Os cinco dedos foram afetados, dois deles com danos nos nervos. Kvitova passou por cirurgia, fisioterapia, até que voltou a jogar em Roland Garros, em maio de 2017, um mês antes do prazo previsto para recuperação.

Ela voltou a erguer um troféu logo no seu segundo torneio, na grama de Birmingham. No ano passado foi campeã cinco vezes e voltou ao top 5, mas ainda deixou a desejar nos Grand Slams, com duas derrotas em estreias (Austrália e Wimbledon) e outras duas na terceira rodada (Roland Garros e US Open).

Neste ano, porém, a temporada começou completamente diferente. Até agora, ela não perdeu sets em Melbourne e cedeu às adversárias uma média de menos de cinco games por partida.

"Não acho que muitas pessoas acreditassem que eu pudesse fazer isso novamente, permanecer em quadra e jogar tênis nesse nível. Foram apenas algumas, eu acho. Estou muito feliz por ter esses poucos ao meu redor", afirmou Kvitova nesta quinta (24), após fazer sua sexta vítima no torneio.

Ela superou a americana Danielle Collins, grande surpresa da competição e que nunca havia vencido um jogo em Grand Slams, por 7/6 e 6/0.

A trajetória recente de Osaka não é menos brilhante. A jovem tenista japonesa vem mostrando que seu título no US Open do ano passado não foi um ponto fora da curva. Na ocasião, ela venceu Serena Williams em jogo marcado pelo bate-boca da americana com o árbitro Carlos Ramos.

Naomi Osaka e Serena Williams na premiação do US Open 2018
Naomi Osaka e Serena Williams na premiação do US Open 2018 - Timothy A. Clary - 8.set.18/AFP

Se a capacidade que Osaka tem de lidar com momentos tensos surpreendeu naquele momento, ela agora mostrou que é capaz de manter o foco mesmo com toda a visibilidade adquirida.

A atleta, que tem mãe japonesa e pai haitiano, mora nos EUA desde criança. Mesmo assim, ela escolheu representar o Japão, e ter sido a primeira tenista do país a ganhar um Grand Slam já lhe rendeu o posto de celebridade esportiva.

Após a conquista do ano passado, Osaka participou do popular talk-show da apresentadora Ellen DeGeneres e assinou contrato com um novo patrocinador japonês, a Nissan.

As declarações tímidas e espontâneas da jovem, que costuma arrancar risadas do público em todas as suas entrevistas de quadra, a fizeram ser, assim como Kvitova, uma das tenistas mais admiradas do circuito.

A admiração tem sido a mesma com suas performances. Após um começo instável de torneio, Osaka dominou a ucraniana Elina Svitolina nas quartas de final (6/4 e 6/1) e nesta quinta venceu um jogo de alto nível contra a tcheca Karolina Pliskova (6/2, 4/6 e 6/4), que havia batido Serena Williams e evitado uma reedição da última decisão do US Open.

Consideradas duas das melhores rebatedoras do circuito, Osaka e Kvitova se enfrentarão pela primeira vez.

Caso seja campeã neste sábado, a japonesa se tornará a primeira tenista desde a americana Jennifer Capriati, em 2001, a vencer outro Grand Slam logo na sequência do seu primeiro título desse nível. Também será a primeira desde Serena, em 2015, a ganhar dois Slams de forma consecutiva.

Se o troféu ficar com Kvitova, a tcheca entrará na lista de nove mulheres diferentes que venceram os últimos nove Slams.

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