Sem CBF e Romário, elenco comemora 25 anos do tetra

Organizado pelo ex-meia Raí, evento não contou com cartolas da confederação

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Rio de Janeiro

Sem a presença da CBF, que não foi convidada para o evento, e de Romário, que não compareceu, o elenco do tetracampeonato mundial da seleção brasileira, conquistado nos Estados Unidos, em 1994, comemorou os 25 anos da conquista em festa realizada na noite desta quarta-feira (17), no Sofitel, em Ipanema.

A confederação não foi convidada pelos ex-atletas, que optaram por realizar uma comemoração mais íntima, de acordo com os organizadores da festa. Já Romário, que é senador, teria compromissos políticos para se ausentar, segundo disseram ex-jogadores na porta do local, como Bebeto e Zinho. 

A dupla, por outro lado, afirmou antes de ingressar no Sofitel, que o ex-atacante disse que compareceria. "Ele confirmou que vem", afirmou Bebeto, ao lado de Zinho. Na manhã desta quinta (18), a organização do evento disse que o ex-camisa 11 da seleção não deu justificativas para não ter ido.

O local onde ocorreu a festa, um hotel de luxo, fica na avenida da praia de Ipanema, em uma área nobre do Rio de Janeiro. Os atletas fecharam a cobertura com piscina para aproveitar o evento com privacidade. A imprensa não teve acesso à festa, que só contou com a presença de convidados.

“Todo mundo sempre lembra o tetra em qualquer país que eu vá. A gente se sente com o dever cumprido. Marcou, e viramos amigos para sempre”, disse o ex-atacante Bebeto, sobre a convivência atual com o elenco daquela conquista.

 

“O Bebeto não me larga. Nossas famílias são unidas. Mas tem outros que não vejo sempre, a experiência será única. Está frio hoje, mas vamos comemorar e esquentar tudo”, brincou o ex-meia Zinho.

A celebração contou com a presença de diversos jogadores daquela conquista, que foram acompanhados de parentes e amigos. O ex-meia Raí, hoje dirigente do São Paulo, foi quem organizou a festa, que teve até uma logomarca com ilustração feita por artistas maranhenses.

"Foi uma homenagem aos pernambucanos e a Pernambuco, onde começou nossa arrancada para o tetra, nas eliminatórias. A vitória por 6 a 0 contra a Bolívia foi tão marcante que Recife foi a primeira cidade que paramos na volta dos Estados Unidos”, disse Raí.

Nome mais aguardado da noite, Mario Jorge Lobo Zagallo, 87, avisou de última hora que não viria por questões de saúde, como a dificuldade de locomoção por conta da idade avançada. Um filho veio representá-lo na comemoração.

Na porta do hotel, um torcedor com a camisa usada naquela conquista esperou os ex-jogadores para pedir autógrafos. Era o marinheiro Fabio Silva, 34, que tinha nove anos naquele Mundial. “Minha maior lembrança foi a final, sem dúvidas”, relembrou o fã.

Durante a festa, foram mostradas imagens da campanha em um telão, com direito a roda de samba comandada pelo músico Pretinho da Serrinha. A DJ Lulua foi quem cuidou das músicas, escolhidas pelos ex-jogadores como marcas registradas daquela conquista.

“É muito difícil ser campeão do mundo. O mais importante foi o título, a união que conquistamos. Sabemos o que cada um fez. Fomos de Los Gatos a São Francisco sem falar inglês”, lembrou Ricardo Rocha.

“Tenho contato com o pessoal do tetra em eventos especiais como hoje, uma data especial para rever os amigos, um momento especial na vida de todo mundo. Cinco anos se passaram e estamos aqui reunidos”, disse o ex-zagueiro Ronaldão, um dos primeiros a chegar.

A festa foi organizada por Fernanda Kalume e Dani Tolstoi e teve cenografia do diretor de arte Jorge Nasi, responsável por transformar o espaço do evento em uma floresta. Foi contratado para fazer a comida o chef francês Jéromê Dardillac, do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana.

Os ex-atletas escolheram o cardápio, que contou com polvo, ceviche de salmão, palmito assado, entrecôte grelhado ao molho café de Paris, tartín de queijo de cabra com compota de cebola e figo, creme de cogumelos, risoto de camarão com abobrinha, gengibre e limão siciliano.

A CBF organizou uma celebração com os ex-campeões no último fim de semana, na Granja Comary, em Teresópolis. Desafeto da entidade, o ex-atacante Romário avisou que não iria por não querer fazer parte de um evento da confederação. Hoje senador, ele investigou a CBF em CPI no senado.

Além dele, Branco, Ronaldo, Ronaldão, Leonardo, Raí, Cafu e Muller não participaram da comemoração da CBF. O atual diretor do São Paulo e ex-camisa 10 da seleção alegou compromissos pessoais para não estar no evento do fim de semana.

Romário também se ausentou da festa desta quarta. Na conquista de 1994, ele foi artilheiro e principal nome da seleção. Naquele ano, foi eleito o melhor jogador do mundo.

O ex-lateral Branco compareceu ao evento desta quarta. Ele foi recebido pelo técnico Carlos Alberto Parreira na porta do Sofitel. “Essa Copa nos fez amigos para sempre”, lembrou Parreira, que viu Branco concordar. “Temos um grupo de Whatsapp”, disse o ex-atleta.

Zetti, Cafu, Mazinho, Paulo Sérgio, Dunga e Aldair foram outros nomes que compareceram, assim como membros da comissão técnica e do estafe da seleção em 1994.

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