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Premier League quer mudar VAR para casos de impedimento

Liga quer que árbitro de vídeo não seja usado em casos duvidosos

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São Paulo

Começou neste sábado (17) a 2ª rodada da Premier League. E antes de terminar o segundo final de semana da experiência do país com o VAR, os dirigentes da Inglaterra já querem mudá-lo.

O futebol inglês deseja que a International Board, entidade que regulamenta as leis do futebol, discuta em março de 2020 uma alteração no protocolo do árbitro de vídeo.

Pelo desejo dos dirigentes britânicos, o VAR só seria acionado, nos impedimentos, em erros claros cometidos pela arbitragem. Em jogadas próximas, quando a condição do jogador for definida pela localização do braço ou pé, valeria a interpretação do quarteto de arbitragem em campo.

Telão no estádio Olímpico de Londres mostra que gol de Manchester City foi anulado pelo VAR
Telão no estádio Olímpico de Londres mostra que gol de Manchester City foi anulado pelo VAR - Ian Kington-10.ago.19/AFP

“Parece haver o desejo de que alguns aspectos do VAR sejam discutidos, mas isso não nos foi apresentado de maneira oficial”, escreveu à Folha o ex-árbitro David Elleray, diretor técnico da International Board. 

Antes mesmo do início da Premier League, o último torneio nacional de expressão na Europa a adotar o árbitro de vídeo, já havia o conceito de que os protocolos teriam de ser revistos.

“Vai evoluir nos próximos três ou quatro anos. Se uma das maneiras de simplificar o processo e acelerá-lo é ajustar a lei então é algo que poderia ser levado em consideração”, disse Mike Riley, chefe da arbitragem na Inglaterra, para o diário londrino The Times.

Bastaram apenas duas partidas para as autoridades inglesas quererem mudar o VAR. No segundo jogo da temporada, entre West Ham e Manchester City, em Londres, houve descontentamento com a interpretação do árbitro de vídeo, que anulou gol do City porque o ombro de Raheem Sterling estava adiantado em relação à zaga.

No fundo, o desejo da Premier League é fazer valer sua visão do que deve ser o VAR: uma ferramenta usada apenas para evitar que erros escabrosos sejam cometidos pelos árbitros.

A ideia, implantada a partir do início do torneio, é interromper o ritmo do jogo o menos possível e evitar as idas ao monitor para checar jogadas.

A consequência disso seria evitar partidas com acréscimos de mais de cinco minutos, como se tornou norma no Campeonato Brasileiro.

A versão inglesa também determinou que o VAR não seja acionado para verificar se o goleiro se mexeu ou não na cobrança do pênalti (embora possa ser consultado para a invasão de zagueiros e atacantes na área) e mudou a interpretação para marcar faltas com toques de mão.

A regra da International Board é que seja considerado pênalti o lance em que o jogador assumiu o risco de levantar o braço e tenha tocado na bola, mesmo sem querer. Na interpretação da Premier League, a infração só deve ser assinalada se o árbitro acreditou ter havido intenção.

A International Board não viu com bons olhos as mudanças inglesas, mas nada fez para impedir. Chegou à conclusão de que é melhor esperar os resultados. Mas o secretário da entidade, Lulas Burd, afirma não haver nenhuma intenção de rediscutir a aplicação do impedimento pelo VAR.

“Vamos nos reunir em março, mas esse tópico não será discutido”, afirma. 

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