Empresa desiste, mas Figueirense continua na Série B

Após comunicado de empresa sobre desistência, time entra em campo e perde

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São Paulo

Às vésperas da partida contra o Bragantino, pela 24ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, a disputa entre o Figueirense e a empresa Elephant voltou a causar dúvidas sobre o futuro da equipe na competição. O jogo acabou sendo realizado, na noite de terça (24), com derrota por 3 a 0 do time catarinense.

A empresa, que detinha a concessão dos direitos esportivos do clube desde o ano passado e até a última semana, comunicou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que o Figueirense desistiria da disputa do torneio. A atual direção dos catarinenses, no entanto, afirmou que nunca sequer cogitou a saída da competição.

"O Figueirense Futebol Clube informa que não foi comunicado pela CBF sobre o pedido feito pelo ex-presidente, Claudio Honigman, de abandonar a disputa do Campeonato Brasileiro", disse o clube em nota oficial.

Foi mantida, assim, a programação da partida entre Figueirense e Bragantino, realizada no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Lanterna da competição, a formação catarinense foi derrotada em casa por 3 a 0 pelo líder do campeonato.

Os jogadores do Figueirense antes do duelo contra a Ponte Preta pela Série B
Os jogadores do Figueirense antes do duelo contra a Ponte Preta pela Série B - Matheus Dias - 15.ago.2019/FFC

Na última sexta-feira (20), o clube catarinense divulgou seu rompimento com a Elephant. A CBF informou que quem é filiado à confederação é o clube, não o CNPJ da companhia.

O Figueirense tornou-se um clube-empresa em 2018, quando a holding Elephant assumiu dívidas de R$ 85 milhões da agremiação e comprou por 20 anos 95% da sociedade anônima.

Ficou acertado que, por 19 anos, a Elephant ficaria com os lucros da sociedade, além dos ativos e passivos do futebol. A operação só foi responsável graçar a atuação de de Cláudio Honigman, hoje presidente da empresa, apresentado no clube à época como investidor e conhecido por atuar em ações suspeitas de lavagem de dinheiro com Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. Ele recebeu depósitos de empresa controlada pelo doleiro Alberto Yousseff.

A falta de dinheiro fez com que a parceria tivesse problemas. Funcionários e jogadores sofreram com constantes atrasos de salários.

No último dia 20 de agosto, os jogadores do Figueirense se recusaram a entrar em campo contra o Cuiabá por causa do não pagamento de salários. Foi a primeira vez na história das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro que uma partida terminou com WO.

Os atletas também reclamavam que direitos de imagem estavam atrasados e que o recolhimento de tributos não vinha sendo feito.

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