A F-1 anunciou nesta quinta-feira (31) o novo regulamento da categoria, previsto para entrar em vigor a partir de 2021. Entre as principais mudanças está a criação de um teto de gastos para cada equipe, estimado em US$ 175 milhões (R$ 700 milhões) por temporada.
Segundo Chase Carey, diretor-executivo da F-1, a meta é equilibrar a disputa entre os pilotos. "As novas regras surgiram de um processo detalhado de dois anos de análises de questões técnicas, esportivas e financeiras", disse. "O objetivo sempre foi melhorar a competição e ação na pista."
Atualmente, há um abismo entre a capacidade financeira das escuderias. Segundo o site Grande Prêmio, metade delas sofreria cortes consideráveis em seus investimentos com o teto. O portal cita, por exemplo, que a Ferrari foi a equipe que mais gastou em 2018, US$ 410 milhões (R$ 1,6 bilhão).
No documento que especifica as alterações do regulamento, a direção da F-1 enfatiza que, com o teto de gasto, espera ter um "esporte no qual o sucesso é determinado mais pela forma como uma equipe gasta seu dinheiro, não quanto gasta".
A partir de 2021, os carros de F-1 também terão mudanças em seu design e aerodinâmica. As rodas vão passar de 13 para 18 polegadas e terão um apêndice em cima.
As asas traseiras e dianteiras passarão a ser mais simplificadas para gerar menos turbulência para os carros de trás. A ideia é diminuir o impacto do "ar sujo" sobre o piloto que estiver tentando fazer uma ultrapassagem.
Atualmente, há uma estimativa de que um carro perca de 40% a 50% de pressão aerodinâmica devido ao "ar sujo". Com as mudanças, espera-se que esse nível reduza para 10% e faça com que os carros possam andar mais próximos, o que deve aumentar o número de ultrapassagens.
"A aprovação das regras pelo conselho mundial é um momento decisivo e ajudará a proporcionar corridas roda a roda mais emocionantes para todos os nossos fãs", afirmou Chase Carey.
A federação divulgou, ainda, imagens conceituais de como deverão ser os carros de F-1 em 2021.
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