Em videoconferência entre a diretoria da FPF (Federação Paulista de Futebol) e os presidentes das 16 equipes da Série A1 do Campeonato Paulista, realizada nesta quarta-feira (19), a entidade disse esperar pelo aval dos governos estadual e municipais para iniciar o processo de retorno do futebol em São Paulo.
A ideia é que o sinal verde aconteça ainda nesta semana e que os clubes testem seus jogadores para a Covid-19 a partir de segunda-feira (15). Esse seria o pontapé inicial do processo para a volta aos treinos, que aconteceria na sequência, em data ainda a ser definida.
Nesta quinta (11), o presidente da federação, Reinaldo Carneiro Bastos, e os mandatários de Corinthians (Andrés Sanchez), Palmeiras (Maurício Galiotte) e São Paulo (Carlos Augusto de Barros e Silva) se encontrarão com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). Eles entregarão ao político o documento com o protocolo de intenções dos clubes para a retomada do futebol.
Houve uma conversa preliminar, e os cartolas do futebol acreditam que a prefeitura está disposta a aceitar o plano a ser apresentado.
A ideia é que, após todos os testes, os atletas comecem a treinar com distanciamento social, em pequenos números e divididos em diferentes horários, assim como foi feito na Alemanha, que reiniciou seu campeonato em 16 de maio.
Na teleconferência, ficou definido que os demais times fariam o mesmo nas suas cidades. A autorização pode ser problemática para locais que ainda estão em fase considerada crítica no combate à pandemia, como Ribeirão Preto, por exemplo. Isso pode fazer que, em uma possível volta do estadual, o Botafogo-SP tenha de treinar e jogar em outra região.
Foi acordado também que o Red Bull Bragantino, único clube que havia obtido autorização para atividades, interromperá os trabalhos para não ter vantagem sobre os adversários. Retornará apenas em conjunto com os outros 15 times.
Por causa do vírus, o Campeonato Paulista está interrompido desde 16 de março, quando Ponte Preta e Guarani fizeram o clássico de Campinas.
A FPF tem agido com cuidado nos bastidores para não passar a imagem de pressa para o retorno do futebol.
A entidade determinou que isso acontecerá apenas com autorização do Poder Público e com a aprovação do seu protocolo sanitário. Clubes como o Palmeiras, por exemplo, concordam com essa posição e não querem que os times sejam vistos como insensíveis a um problema de saúde pública.
Há outros que têm mais pressa, principalmente porque veem a volta como o gatilho para receberem a última parcela do contrato com a Globo dos direitos de televisionamento.
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