A Mercedes anunciou nesta segunda-feira (29) que utilizará carros na cor preta durante toda a nova temporada da F-1, que terá seu primeiro GP no próximo domingo (5), em Spielberg, na Áustria.
A equipe de Lewis Hamilton, hexacampeão da categoria e voz mais representativa do mundo da velocidade com relação às questões raciais, abandonará momentaneamente a cor prata que identifica historicamente a escuderia em uma iniciativa de apoio à luta antirracista.
Além da nova pintura, os veículos de Hamilton e de seu companheiro Valtteri Bottas terão a mensagem "End Racism" (Acabe com o racismo, em inglês) no protetor de cockpit.
Segundo a Mercedes, o movimento Black Lives Matter (Vidas negras importam) acendeu a luz sobre a necessidade de se posicionar a favor do combate ao racismo.
Recentemente, Lewis Hamilton foi às ruas de Londres e participou de manifestação contra o racismo, uma entre tantas que surgiram ao redor do mundo desde a morte de George Floyd, um norte-americano negro de 46 anos morto após ser sufocado por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos.
Hamilton, que levou um cartaz com a inscrição "Black Lives Matter", também cobrou que seus colegas de F-1 se posicionem mais no combate às questões raciais.
"Racismo e discriminação não têm lugar em nossa sociedade, no nosso esporte ou na nossa equipe. Essa é uma crença central na Mercedes", afirmou Toto Wolff, chefe da equipe, em um comunicado.
"Esperamos utilizar nossa voz e nossa plataforma global para pedir por respeito e igualdade, e a Flecha Prateada correrá na cor preta por toda a temporada 2020 para mostrar nosso compromisso com uma maior diversidade na nossa equipe e no nosso esporte", completou Wolff.
A Mercedes afirmou que apenas 3% de seus funcionários se identificam como parte de grupos de minorias étnicas, além de somente 12% serem mulheres.
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