Relembre os primeiros campeões mundiais pelo Santos que já se despediram

Dorval, ponta direita daquela equipe, morreu neste domingo (26) aos 86 anos

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São Paulo

Considerado um dos maiores ídolos do Santos, o ex-ponta direita Dorval, 86, morreu neste domingo (26) em decorrência de insuficiência cardíaca. Ele foi bicampeão da Libertadores e mundial pelo clube da Vila Belmiro e é tido como um dos melhores jogadores do futebol brasileiro em sua posição.

No Santos, Dorval formou um ataque mágico ao lado de Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. O quinteto foi decisivo para o clube conquistar o seu primeiro título mundial ao derrotar o Benfica, de Portugal, em 1962, e também para faturar o bicampeonato sobre o Milan, da Itália, no ano seguinte. Coutinho morreu em 2019, aos 75 anos, vítima de infarto.

Contra o Benfica, o Santos venceu por 3 a 2 no Maracanã, no Rio de Janeiro, e por 5 a 2 em Lisboa, em Portugal. No segundo jogo, a equipe brasileira foi a campo com Gylmar, Olavo, Mauro, Calvet e Dalmo, Zito, Lima, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. O treinador era Luis Alonso Pérez, o Lula.

Relembre a carreira dos ídolos santistas que enfrentaram os portugueses na partida decisiva do primeiro Mundial alvinegro e que, assim como Dorval, também já nos deixaram.

Dorval tinha 86 anos de idade e estava internado na Casa de Saúde de Santos
Dorval tinha 86 anos de idade e estava internado na Casa de Saúde de Santos - Vanessa Carvalho - 26.ago.2013/Folhapress

Gylmar dos Santos Neves

Popularmente conhecido popularmente como "Girafa"​, é considerado um dos maiores goleiros da história do Santos. Na equipe da Vila Belmiro, foi bicampeão da Libertadores e mundial, cinco vezes campeão brasileiro, cinco vezes campeão paulista, entre outras conquistas. Antes, atuou pelo Corinthians.

Também teve papel de destaque na seleção brasileira e foi às Copas do Mundo de 1958 (Suécia), 1962 (Chile) e 1966 (Inglaterra). Nas duas primeiras, ajudou o Brasil na conquista da taça. Morreu em 2013, aos 83 anos, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral).

Mauro Ramos de Oliveira

Zagueiro, ganhou 17 títulos oficiais pelo Santos de 1960 a 1967. Antes, defendeu o São Paulo. Recebeu o apelido de Martha Rocha, que foi miss Brasil em 1954, por se vestir bem fora de campo e por ser muito educado.

Foi campeão da Copa do Mundo de 1958 e de 1962 pela seleção brasileira –no Chile, era o capitão e ergueu a taça Jules Rimet. Depois de pendurar as chuteiras, chegou a treinar o Santos de 1971 a 1972. Morreu em 2002, aos 72 anos, vítima de câncer no estômago.

Raul Donazar Calvet

Formou dupla com Mauro Ramos e também é considerado um dos melhores zagueiros da história santista. Antes, jogou no Grêmio.

Na Copa do Mundo de 1962, no Chile, foi preterido pelo técnico Aymoré Moreira, que alegou que o elenco já tinha muitos jogadores do clube da Vila Belmiro. Teve de se aposentar dos gramados aos 30 anos após romper o tendão de aquiles. Morreu em 2008, aos 73 anos, vítima de câncer de esôfago.

Pelé (de branco), do Santos, durante partida contra o Benfica, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 1962
Pelé, do Santos, durante partida contra o Benfica, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 1962 - Acervo U.H - 19.set.1962/Folhapress

Dalmo Gaspar

Foi o lateral esquerdo titular do bicampeonato mundial do Santos, em 1962 e 1963. Decisivo, marcou o gol da vitória santista por 1 a 0, de pênalti, sobre o Milan, na conquista do segundo título mundial santista. Morreu em 2015, aos 82 anos, vítima de uma infecção bacteriana no sangue.

Olavo Martins de Oliveira

Zagueiro, teve duas passagens pelo Santos. Na segunda, conquistou o título mundial em 1962. Também fez história com a camisa do Corinthians. Teve passagem pela seleção brasileira, mas não disputou uma Copa do Mundo. Morreu em 2004, aos 76 anos.

José Ely de Miranda, o Zito

Foi o capitão do Santos na partida contra o Benfica, que acabou com o primeiro título mundial do clube. Era o líder do time dentro de campo e recebeu o apelido de "gerente". Fez 733 jogos com a camisa do Santos, sendo o terceiro atleta que mais atuou pelo clube.

Pela seleção brasileira, ajudou nas conquistas das Copas do Mundo de 1958 e 1962. Após a sua aposentadoria, trabalhou nas categorias de base do Santos, de onde foram revelados atletas como Robinho, Diego e Neymar. Morreu em 2015, aos 82 anos, após um AVC (acidente vascular cerebral).

Coutinho

Um dos maiores ídolos da história do Santos, foi centroavante do famoso ataque formado por Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Sabia se posicionar como poucos dentro da área e era frio nas conclusões. É o terceiro maior artilheiro da história do clube, com 368 gols em 457 jogos, atrás apenas de Pepe (403 gols) e Pelé (1.091 gols).

Pela seleção brasileira, Coutinho não teve o mesmo sucesso que teve jogando pelo Santos. Fez apenas 15 jogos com a camisa amarela, marcando seis gols. Era para ser titular na Copa do Mundo de 1962, mas se lesionou e perdeu lugar para Vavá, campeão na Copa de 1958. Mesmo assim, ficou entre os 22 jogadores que conquistaram aquele Mundial, mas não entrou em campo.​

Morreu em 2019, aos 75 anos, após sofrer um infarto no miocárdio em decorrência de diabetes, hipertensão arterial sistêmica e problemas vasculares.

Luis Alonso Pérez, o Lula

Foi treinador do Santos de 1954 a 1966 e é o técnico mais vitorioso do clube. Entre suas conquistas estão o bicampeão da Libertadores e mundial, em 1962 e 1963. Foi responsável por lançar e treinar vários ídolos santistas, tais como Pagão, Pepe, Coutinho e Pelé. Depois, treinou o Corinthians, em 1968, mas não conquistou títulos. Morreu em 1972, aos 50 anos, após complicações em decorrência de um transplante de rim.

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