Descrição de chapéu F1 oriente médio

Atentado na Arábia Saudita provoca explosão em refinaria e atrasa treino da F1

Categoria decide manter programação, mas autoridades locais supervisionarão GP

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São Paulo | Reuters

Uma refinaria de petróleo da Saudi Aramco, principal patrocinadora do GP da Arábia Saudita de F1, foi alvo de um atentado nesta sexta-feira (25). O ataque com foguetes e drones causou um incêndio na instalação, que fica a cerca de 10 km do circuito de Jeddah, palco da corrida deste fim de semana.

Durante a primeira sessão de treinos livres da F1, foi possível ver uma nuvem de fumaça se alastrando no céu da cidade. De acordo com a agência Reuters, os rebeldes houthis do Iêmen, aliados do Irã, assumiram a autoria dos ataques. Segundo a coalizão liderada pela Arábia Saudita, não houve vítimas.

Incêndio em refinaria da Saudi Aramco, na Arábia Saudita
Incêndio em refinaria da Saudi Aramco, na Arábia Saudita - Andrej Isakovic/AFP

Antes do início da segunda sessão de treinos desta sexta, a F1 convocou todos os chefes de equipes e os pilotos para uma reunião. O encontro atrasou a atividade em 15 minutos, mas a bateria foi mantida.

Uma nova reunião ocorreu após a atividade, conduzida pelos próprios pilotos. O encontro durou mais de quatro horas e terminou próximo das 2h30, horário local (20h30, de Brasília).

De acordo com a BBC Sport, um número significativo de pilotos estava preocupado com a segurança do evento após o ataque. Ainda de acordo com a publicação, os competidores foram convencidos a correr. No encontro, chegaram a ser debatidas possíveis consequências por não realizar o GP, "como a facilidade com que equipes e pilotos poderiam deixar o país se a corrida não acontecesse", segundo o portal.

A etapa deste domingo (27) está marcada para as 14h (de Brasília). Será a segunda prova do Mundial.

Devido à reunião dos competidores, todas as entrevistas pós-treino foram canceladas. Horas antes, o presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Mohammed Ben Sulayem, disse que os membros do grupo houthis "estão mirando na infraestrutura, não nos civis e, claro, não na pista". Afirmou, ainda, que "este é um lugar seguro. Vamos continuar correndo."

Não houve comentários imediatos da Aramco ou do Ministério da Energia. A mídia estatal saudita havia relatado anteriormente que uma série de ataques de drones e foguetes pelos houthis foi frustrada pela coalizão.

Circuito de Jeddah, na Arábia Saudita
Circuito de Jeddah, na Arábia Saudita - Andrej Isakovic/AFP

As defesas aéreas sauditas também interceptaram e destruíram um foguete balístico lançado em direção à cidade portuária de Jazan, que causou um incêndio em uma usina de distribuição de eletricidade.

A Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, disse no início desta semana que não seria responsável por quaisquer interrupções no fornecimento de petróleo aos mercados globais como resultado dos ataques houthis que se intensificaram nas últimas três semanas.

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