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Copa do Mundo 2022 Futebol Internacional

Alas de Van Gaal atacam, entram na área e decidem para a Holanda

Esquema do treinador que libera laterais da seleção laranja para avançar funciona contra EUA nas oitavas da Copa

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São Paulo

A vitória da Holanda sobre os EUA, que classificou o país europeu para as quartas de final da Copa do Qatar, foi o resultado mais perfeito que se poderia esperar de um esquema com três zagueiros e dois alas, utilizado no Mundial pelo treinador Louis van Gaal.

Nessa formação, a defesa é fortalecida com três jogadores de área para que os laterais com características ofensivas tenham liberdade para atacar sem grandes preocupações de marcação. Tornam-se, assim, alas.

Na Holanda, esse esquema tem chance maior de funcionar porque Van Gaal escala dois volantes leves que podem ocupar os espaços nos lados do campo e evitar contra-ataques quando os alas estão no ataque.

Os holandeses Dumfries e Blind (17), alas da seleção laranja, se cumprimentam após o terceiro gol, feito pelo camisa 22, contra os EUA no estádio Khalifa, em Doha
Os holandeses Dumfries e Blind (17), alas da seleção laranja, comemoram o terceiro gol, feito pelo camisa 22, contra os EUA no estádio Khalifa, em Doha - Li Ming/Xinhua

Dando nomes aos personagens na seleção laranja: os zagueiros são Timber, o capitão Van Dijk e Aké; os volantes, De Roon e De Jong; os alas, Dumfries (pela direita) e Blind (pela esquerda).

Deu tudo tão certo contra os EUA que os alas terminaram a partida com dois gols (um de Dumfries, um de Blind) e três assistências (duas de Dumfries, uma de Blind) –não é comum isso acontecer no futebol.

Eles inclusive serviram um ao outro.

No primeiro tempo, Dumfries entrou na área e cruzou da direita; Blind apareceu perto da marca do pênalti para chutar e superar o goleiro Turner –pouco antes, em jogada parecida, o ala direito já havia servido o atacante Memphis, autor do primeiro gol no estádio Khalifa.

No segundo tempo, quando os EUA diminuíram para 2 a 1 a pareciam ter chance de empatar, Blind devolveu a gentileza, cruzando e encontrando Dumfries livre na área, para dar números finais ao placar.

O grande diferencial diante dos norte-americanos dessa formação holandesa, utilizada desde o começo do Mundial, foi a presença na área, como elemento surpresa, dos alas.

Dumfries e Blind fizeram o diferente, fizeram o que não é praxe, surpreendendo os rivais. Viraram atacantes genuínos e definiram para a Holanda, coroando o esquema tático de seu treinador.

A Holanda volta a campo na sexta (9), para tentar avançar às semifinais, no estádio Lusail. O rival será a Argentina, que derrotou a Austrália por 2 a 1.

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