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Presidente da LaLiga pede desculpas a Vinicius Junior

Javier Tebas havia minimizado episódio de racismo contra o atacante brasileiro

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São Paulo

Em ofensiva de mídia, o presidente de LaLiga, Javier Tebas, pediu desculpas a Vinicius Junior. Foi uma forma de tentar atenuar a imagem do torneio após o episódio de racismo contra o jogador brasileiro no último domingo (21).

Em entrevistas às brasileiras Globo, ESPN e a agências de notícias internacionais, o dirigente afirmou que a liga não é racista e que, se foi mal interpretado, se desculpava.

O presidente de LaLiga, Javier Tebas. em entrevista nesta quarta-feira (24)
O presidente de LaLiga, Javier Tebas. em entrevista nesta quarta-feira (24) - Guillermo Martinez/Reuters

Vinicius Junior reclamou de ter sido insultado e chamado de "macaco" durante o jogo entre Real e Valencia, que chegou a ser interrompido pela arbitragem no último domingo (21). Estes ataques levaram a Procuradoria a abrir uma investigação por "crime de ódio", categoria penal que, na Espanha, inclui crimes raciais.

Após o episódio, Tebas insinuou no Twitter que o jogador estava sendo manipulado e que não deixaria o brasileiro manchar a imagem da competição.

Vinicius Junior foi ao ataque com fotos, vídeos e mensagens ressaltando episódios de racismo sofridos por ele e outros jogadores. O atacante recebeu apoios nas redes sociais de nomes do esporte. O governo brasileiro cobrou resposta do espanhol. Protesto em frente ao consulado espanhol em São Paulo, na última terça-feira (23), chamou LaLiga de "racista", o que Tebas garantiu não ser.

Sete torcedores foram presos nesta terça-feira (23) pela polícia. Todos são suspeitos de gritos racistas contra brasileiro que atua pelo Real Madrid. Três deles, jovens entre 18 e 21 anos, passaram por interrogatório e acabaram liberados horas depois.

Os soltos foram apontados como responsáveis pela discriminação contra o jogador na partida realizada em Valencia no domingo,

Além dos três torcedores liberados pela polícia, outros quatro continuam detidos. Eles fazem parte de investigação sobre boneco com uniforme do atacante pendurado em uma ponte de Madri no fim de janeiro deste ano.

Três são "membros ativos de um grupo radical de torcedores do Atlético de Madrid", diz nota divulgada pela polícia espanhola.

O boneco foi colocado para simular um enforcamento depois da vitória de 3 a 1 do Real no dérbi da capital pelas quartas de final da Copa do Rei. Ao lado, estava faixa com a frase "Madri odeia o Real".

Uma lista produzida pela própria LaLiga aponta que Vinicius Junior foi alvo de ao menos nove ataques racistas pelo torneio nacional desde que chegou ao Real Madrid, em 2018. A maioria dos casos segue sem torcedores identificados ou punidos.

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