Com a lista de 23 nomes anunciada nesta terça-feira (27), Pia Sundhage deu início à contagem regressiva para a última Copa do Mundo de Marta.
A meia-atacante de 37 anos terá no torneio a ser disputado na Austrália e na Nova Zelândia a derradeira esperança de conquistar um título de expressão com a seleção brasileira. Ela vai disputar seu sexto mundial.
Seis vezes eleita melhor do planeta (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018), Marta fez parte da equipe vice em 2007. Foi também medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas-2004 e Pequim-2008.
"Sem dúvida [será a última Copa]. Eu estou superbem. Não sou a Marta de 20 anos atrás, mas estou muito bem, mentalmente melhor ainda. Espero chegar bem para ajudar essa equipe e realizar esse grande sonho", disse a craque à Cazé TV.
Na última Copa, em 2019, ela alfinetou companheiras de equipe. Após a eliminação nas oitavas de final diante da França, pediu maior comprometimento no futuro para as jogadoras da seleção. A crítica não foi bem recebida por todas do elenco.
A comparação com Lionel Messi se torna inevitável. Assim como Marta, o também maior vencedor do prêmio de melhor do mundo (agora sete vezes), mas entre os homens, avisou que o torneio do Qatar, em 2022, seria sua última chance de chegar à glória máxima no futebol. Deu certo. A Argentina foi campeã e ele acabou eleito o craque da competição.
Naqueles que foram considerados os testes finais para a equipe antes da convocação, Marta não esteve presente. Com lesão no bíceps femoral, acabou cortada da convocação e ficou em Orlando, nos Estados Unidos, enquanto as comandadas de Pia perdiam nos pênaltis a Finalíssima contra a Inglaterra (após empate por 1 a 1), em Londres, e derrotavam a Alemanha por 2 a 1, em Nuremberg, em abril.
A recuperação de Marta é um alívio para Pia depois dos problemas de lesão de outras atletas nos últimos meses. A atacante Ludmilla, do Atlético de Madrid, e a goleira Lorena, do Grêmio, são desfalques por causa de lesões no joelho.
A base da lista é composta pelas jogadoras que foram chamadas para a Finalíssima. Embora a maior parte atue fora do país, são sete chamadas para o Mundial que jogam no Brasil. O número é bem superior ao apresentado por Tite para a Copa do Mundo do Qatar, no ano passado. Apenas três estavam em atividade em times nacionais.
As convocadas iniciam a primeira fase de treinos nesta semana. Antes da viagem para Brisbane, na Austrália, que será a base brasileira na Copa, a equipe vai enfrentar o Chile no próximo domingo (2), no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
O Brasil está no Grupo F da Copa do Mundo feminina, ao lado de Panamá, França e Jamaica. A estreia será no próximo dia 24, contra as panamenhas.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.