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Acusado de racismo, preparador do Universitario é solto e responderá em liberdade

Profissional estava preso desde 11 de julho, após jogo do time peruano contra o Corinthians

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São Paulo

O preparador físico Sebastian Avellino Vargas, do Universitario, do Peru, teve a prisão preventiva revogada nesta quinta-feira (20) e vai responder ao processo criminal por racismo em liberdade.

O profissional estava detido desde o último dia 11, quando foi preso em flagrante na Neo Química Arena, logo após uma partida entre o time peruano e o Corinthians, pela Copa Sul-Americana.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o uruguaio posicionando-se perante a torcida alvinegra e, aparentemente, imitando um macaco.

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) acatou a denúncia do Ministério Público e o tornou réu. O juiz, no entanto, decidiu que ele poderá responder em liberdade.

"Tal circunstância, vale registrar novamente, não retira a carga vil e desproporcional do ato imputado, mas não emana de tal episódio que o denunciado, quando colocado em liberdade provisória, represente um perigo para a sociedade ou que coloque em risco à ordem pública", diz trecho da decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz.

Sebastian tem cinco dias para comparecer ao cartório e informar dados atualizados de contatos dele e de seus superiores no Universitario.

Sebastian Avellino Vargas, preparador físico do Universitario, foi detido pela polícia após a vitória do Corinthians nesta terça-feira, por 1 a 0
Policiais militares levam preparador físico do Universitario, Sebastian Avellino Vargas, no estádio do Corinthians - Reprodução/TV Globo

No dia seguinte à prisão do preparador físico, o clube peruano divulgou uma nota na qual defendia o profissional e afirmava que a prisão era arbitrária. "A honra de um profissional do nosso clube foi manchada", diz um trecho do comunicado.

Quando ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, o desembargador Roberto Porto, da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, afirmou em sua decisão que as imagens analisadas mostram que ele fez "gestos claros e inequívocos do animal para os torcedores brasileiros".

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