Pia Sundhage, técnica do Brasil, colocou nome de Pelé em cachorro; veja outras curiosidades

Veja esta e outras 9 curiosidades sobre a sueca que comanda a seleção feminina

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Rio de Janeiro

A sueca Pia Sundhage, 63, é a primeira pessoa estrangeira a treinar uma seleção brasileira de futebol em quase 100 anos. Com ela, o Brasil tenta conquistar pela primeira vez a Copa do Mundo feminina.

Pia treina a equipe desde 2019. Como técnica, foi bicampeã olímpica (2008 e 2012) com os Estados Unidos e prata com a Suécia na Rio-2016.

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A técnica Pia Sundhage, durante amistoso entre as seleções femininas de Brasil e Chile, em Brasília - Pedro Ladeira - 2.jul.2023/Folhapress

Descubra, abaixo, alguns fatos curiosos sobre a treinadora da seleção brasileira feminina.

Mãe garçonete e pai motorista

Nascida no vilarejo de Marbäck, na Suécia, Pia cresceu em uma família da classe trabalhadora. Sua mãe era garçonete e seu pai, motorista de ônibus.

Admiração por Bob Dylan e Marta

No primeiro contato que teve com a seleção feminina dos Estados Unidos, em 2007, Pia entrou no vestiário, olhou para as atletas e começou a cantar a letra de "The Times They Are A-Changin", de Bob Dylan.

Em abril de 2019, meses antes de assumir a seleção brasileira, veio ao Rio de Janeiro e, durante sua apresentação no evento "Somos Futebol", organizado pela CBF, cantou Dylan mais uma vez. E lamentou que nunca havia trabalhado com Marta, a atleta seis vezes melhor do mundo. "Ela é especial", afirmou na ocasião.

Cachorro temático

Envolvida com o esporte desde os 6, transformou o futebol quase em uma obsessão, a ponto de colocar em um cachorro o nome de Pelé-Cruyff-Beckenbauer.

Disfarce de Pelé

Quando Pia iniciou a carreira, meninas simplesmente não jogavam bola. Para poder participar de alguma forma, combinou com um treinador que jogaria no time dos meninos com o apelido "Pelle". O disfarce durou três anos, e então ela foi descoberta.

Só com 11 anos de idade é que pôde enfim jogar como menina, e em um time feminino.

'Mulheres não foram concebidas para o futebol'

Uma lesão no joelho esquerdo quase abreviou seu sonho de ser jogadora. Do médico, Pia ouviu que mulheres não foram concebidas para jogar futebol. Sua mãe, Karin, agradeceu ao doutor pelo tempo desperdiçado e foi procurar outra clínica. A cirurgia era inevitável e tirou a sueca dos campos por quase dois anos.

A espera foi recompensada com uma trajetória que duraria 20 temporadas como atleta. A cicatriz no joelho esquerdo ainda está lá, marca de outros tempos.

Números oficiais como jogadora

Segundo a federação sueca, Pia marcou 71 gols em 146 jogos somando clubes e seleção.

Contratação por Rogério Caboclo

Desde que chegou à seleção, Pia teve de navegar pelas denúncias de assédio sexual contra Rogério Caboclo, o presidente da CBF que a contratou. Ele foi afastado do comando da confederação por causa disso, o que trouxe alívio para a técnica, que afirmou estar incomodada com a situação.

Conflito com Hope Solo

Em 2016, quando comandava a seleção feminina sueca na Olimpíada do Rio, Pia discutiu publicamente com a então goleira dos EUA, Hope Solo, que chamou a equipe adversária de "covarde" por ter optado por um esquema tático bastante defensivo.

"OK, somos 'covardes', mas vencemos. Hope sabe muito bem o que é uma equipe vencedora. Elas já ganharam muito. Desta vez passamos nós", disse a sueca.

Presidentes dos EUA esnobados

A treinadora recusou o convite de dois presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush e Barack Obama, para visitar a Casa Branca.

"Eu sou feliz mesmo é no campo, com um par de chuteiras", disse em uma entrevista ao jornal sueco Norrköppings Tidningar. "Aparecer e conhecer gente importante particularmente não me fascina."

Abertamente gay

A treinadora assumiu sua homossexualidade em 2010. Ela afirmou, à época, nunca ter sido vítima de homofobia atuando como técnica nos EUA.

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