Descrição de chapéu ginástica artística

Brasil conquista prata inédita na final por equipes no Mundial de Ginástica

Com destaque para o desempenho da atual campeã mundial Rebeca Andrade, país só ficou atrás dos EUA

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São Paulo

A equipe do Brasil conquistou nesta quarta-feira (4) a inédita medalha de prata no Mundial de Ginástica Artística que está sendo disputado na Antuérpia, na Bélgica.

Liderado por Rebeca Andrade, o país somou 165,530 pontos na competição e ficou atrás apenas dos Estados Unidos da campeã olímpica Simone Biles, que alcançou 167,729 pontos. A terceira colocação ficou com a França, com 164.064 pontos.

A melhor colocação das ginastas do país na disputa por equipes até aqui havia sido o quarto lugar no Mundial de 2022, disputado em Liverpool, na Inglaterra.

Rebeca Andrade se apresenta na final por equipes no Mundial de Ginástica na Antuérpia, na Bélgica - Yves Herman - 4.out.2023/Reuters

A equipe brasileira no Mundial da Bélgica foi composta por Rebeca Andrade, Flavia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Julia Soares.

Para alcançar o feito inédito, foi fundamental a performance apresentada por Rebeca, a melhor ginasta em atividade hoje no país e que defende, nesta sexta-feira (6), o título no individual geral conquistado no ano passado.

Entre os principais aparelhos na disputa, a melhor nota obtida pela equipe brasileira foi no salto sobre a mesa, com 42,666 pontos –no aparelho, a melhor nota do Brasil foi de Rebeca Andrade, com 14,900 pontos. Jade Barbosa fez 13,933 pontos, e Flavia Saraiva, 13,833 pontos.

No solo, o Brasil fez 42,166 pontos (a maior pontuação foi novamente de Rebeca Andrade, com 14,666).

Nas barras assimétricas, o Brasil atingiu 41,299 pontos (com 14,400 de Rebeca Andrade), e 39,399 na trave (a melhor nota foi de Flavia Saraiva, com 14,066).

"Individualmente, já tenho todas as conquistas que já quis ter na minha vida e faltava essa. Estou muito feliz", afirmou Rebeca Andrade após a medalha inédita do país.

Com o desempenho, a equipe feminina do Brasil garantiu ainda nas classificatórias do Mundial na segunda-feira (2) vaga nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, após não ter conseguido se classificar para as Olimpíadas de Tóquio em 2021. A melhor campanha da equipe feminina em Jogos Olímpicos foi a oitava posição, obtida em Pequim 2008 e no Rio 2016.

No masculino, a equipe brasileira terminou o Mundial da Bélgica no domingo (1) na 13ª colocação e ficou a uma posição de conseguir a classificação para os Jogos Olímpicos de Paris —apenas as 12 melhores equipes se classificam para as Olimpíadas por meio da competição.

A equipe masculina, formada por Diogo Soares, Patrick Sampaio, Yuri Magalhães, Arthur Nory e Bernardo Miranda, alcançou 245,295 pontos e ficou a apenas 0,166 ponto da Ucrânia, que garantiu a última vaga para Paris. O Brasil não terá seu time masculino nos Jogos Olímpicos pela primeira vez desde Londres-2012.

Na final masculina por equipes disputada nesta quarta, o Japão ficou com o ouro (255,594 pontos), seguido pela China (253,794 pontos) e pelos Estados Unidos (252,428 pontos).

O time brasileiro sofreu com desfalques importantes no Mundial da Bélgica, do campeão olímpico Arthur Zanetti, que foi cortado em cima da hora após contrair uma virose, e de Caio Souza, finalista olímpico no salto e no individual geral, que sofreu uma ruptura total do tendão de Aquiles da perna esquerda durante um treinamento.

Apesar de não ter conseguido a classificação por equipes, a equipe masculina do Brasil garantiu duas vagas para os Jogos de Paris. Por ter terminado o Mundial entre a 13ª e a 15ª posição, o país garante uma vaga na disputa do individual geral, que deve ficar com Caio Souza, caso o atleta esteja em condições de competir até meados de 2024.

Já Diogo Soares, que terminou o Mundial na 26ª colocação, se garantiu para a disputa individual nas Olimpíadas na capital francesa. Nesta quinta (5), ele disputa a final do individual geral no Mundial na Bélgica.

O Brasil ainda pode conseguir uma terceira vaga no masculino, com a disputa das finais por aparelhos. No dominigo (8), Arthur Nory compete na final da barra e pode se garantir em Paris. Para isso, ele precisa terminar a disputa à frente do croata Tin Srbic, que também ainda não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos. A tarefa não será das mais fáceis —Srbic é o atual vice-campeão olímpico e tem duas medalhas em Mundiais no aparelho.

Já na sexta (6), será a vez de Rebeca Andrade e Flavia Saraiva disputarem a final do individual geral. A grande rival a ser batida será a multicampeã Simone Biles, que apresentou durante o Mundial um salto inédito entre as mulheres, batizado de Biles 2.

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