Descrição de chapéu Olimpíadas 2024 Vôlei

Brasil perde para a Itália na volta de Bernardinho ao banco da seleção em Olimpíadas

Com desfalque e em busca de reabilitação, seleção masculina de vôlei não resiste a adversário superior

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Paris

Antes da estreia, o técnico Bernardinho, sinônimo de sucesso no vôlei e fora dele, afirmava que havia muita expectativa em torno de seu time "em função de um passado, uma história". Neste sábado (26), na estreia da seleção masculina de vôlei em Paris, o tricampeonato olímpico parecia uma história mais distante.

Com relativa facilidade, a Itália bateu o Brasil por 3 sets a 1 na Arena Paris Sud 1, um estádio temporário montado dentro de um pavilhão de exposições no sul da capital francesa. O treinador brasileiro resumiu o sentimento de sua reestreia como "frustração". "Criamos chances e tivemos bons momentos. Aí dói um pouco", disse ao Sportv.

A equipe italiana, atual campeã mundial, vive temporada de altos e baixos, mas se impôs nos momentos decisivos dos dois sets iniciais. Venceu o primeiro por 25 a 23. No segundo, virou um placar adverso de 24 a 25. Flávio colaborou, sacando na rede. O erro desestabilizou o time brasileiro, que acabou cedendo o set por 27 a 25.

A imagem mostra um momento de um jogo de vôlei, onde um jogador da equipe de camisa azul, identificado pelo número 5, está prestes a atacar a bola. Em frente a ele, três jogadores da equipe adversária, vestidos com camisas amarelas, estão saltando para bloquear o ataque. O ambiente é de uma quadra de vôlei, com uma rede visível ao centro.
Jogadores do Brasil saltam para tentar bloquear ataque da Itália; seleção perdeu por 3 a 1 na estreia em Paris - Mathilde Missioneiro/Folhapress

A escrita foi interrompida no terceiro set, quando a equipe italiana entrou desequilibrada em quadra. O técnico Ferdinando de Giorgi pediu tempo com o placar em 5 a 2, mas não conseguiu ajustar seu time. Darlan já se transformava no maior pontuador e destaque do Brasil no jogo.

O duelo se estabilizou no quarto set. A Itália era mais efetiva nos bloqueios, mas também cometia mais erros. Com 10 a 8 no placar para o adversário, Bernardinho chamou tempo, mas os italianos seguiram superiores em quadra. O vento mudou de lado quando um disputado rali terminou com toque de Russo na rede. Mesmo liderando põe 15 a 14, foi a vez da Itália buscar parar o jogo com um pedido de tempo.

Deu certo, e pouco depois o time construía 19 a 15. O jogo cresceu em qualidade, e um dos mais longos ralis da partida acabou com uma inteligente bola largada na quadra italiana por Lucarelli.

Mas o dia era da Itália, que fechou o placar e o jogo por 25 a 21, em um novo erro de saque. Nervosismo? "Não, a gente é ser humano e está sujeito a errar, principalmente nos finais de set, quando há muita tensão. São detalhes, parafusos que precisamos apertar para não cometer esses vacilos", afirmou Honorato, que substituiu de última hora o oposto Alan, afastado por precaução após uma contusão na panturrilha esquerda.

"Agora é passado. Temos que pensar na Polônia", disse Lucarelli, sobre o próximo adversário no grupo B, que eliminou o Brasil nas quartas de final da Liga das Nações, no mês passado. O jogo está marcado para quarta-feira (1º), em um horário pouco usual para a seleção, às 9h de Paris, 4h da madrugada no Brasil. "Vamos ter que fazer uma adaptação diferente, vamos ter que acordar umas seis da manhã."

O duelo é crucial para as pretensões da equipe. A Polônia é o atual líder do ranking mundial da FIVB.

A partida marcou a volta de Bernardinho ao comando da seleção brasileira nas Olimpíadas. Ele tem uma prata como jogador (Los Angeles-1984), dois bronzes como técnico da seleção feminina (Atlanta-1996 e Sydney-2000) e mais dois ouros (Atenas-2004 e Rio-2016) e duas pratas (Pequim-2008 e Londres-2012) como técnico da seleção masculina.

Bernardinho havia deixado o comando da seleção após a medalha de ouro no Rio, em 2016. No atual ciclo olímpico, entre abril de 2021 e março de 2022, ele chegou a dirigir a equipe da França, país anfitrião dos Jogos, mas pediu demissão. À mídia francesa, à época, afirmou que precisava voltar ao Brasil para ficar com as filhas – havia se separado da ex-jogadora da seleção Fernanda Venturini.

O treinador reassumiu o comando do time masculino do Brasil em dezembro do ano passado, depois que Renan Dal Zotto, com problemas de saúde, deixou o cargo.

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