Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

O que a encharcada abertura de Paris-2024 divide, Céline Dion une

Da estética à política, inédita cerimônia fora de um estádio só encontra unanimidade em torno da cantora canadense

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Paris

A inédita cerimônia de abertura de Paris-2024 colecionou manchetes e adjetivos pelo mundo neste sábado (26). Estética, diversidade, política, França, muitos aspectos da festa foram abordados por reportagens e análises depois que os computadores dos jornalistas presentes ao evento secaram um pouco mais. Veja aqui uma seleção com alguns dos principais comentários.

Na newsletter Libélympique, do francês Libération: "Jornada de estresse, cerimônia de strass", explorando o dia cheio de contraste dos franceses na sexta-feira (26); "A extrema-direita detestou a Abertura, um bom ponto para os Jogos", sobre a barulhenta política interna do país, agora em versão olímpica.

A imagem mostra os cinco anéis olímpicos, iluminados em um fundo escuro. Abaixo dos anéis, há uma figura iluminada, em um ambiente que parece ser um evento ou cerimônia relacionada aos Jogos Olímpicos.
Céline Dion canta sob os arcos olímpicos, em uma plataforma na Torre Eiffel - Mathilde Missioneiro/Folhapress

"Um espetáculo high-kitsch", "Festa ambiciosa, mas desigual". O inglês The Guardian, no geral, não gostou do que viu, exceção feita ao momento derradeiro, com Céline Dion cantando "Hymne a l’amour", em um terraço aberto na Torre Eiffel (ela tinha uma corda de segurança), que "salvou a festa". "Poderia ter tido mais coisas assim, com classe." A cantora canadense, que já havia participado de uma abertura, em Atlanta-1996, foi uma das poucas unanimidades na mídia profissional.

No americano The New York Times, título descritivo: "Encharcada pela chuva, Paris abre seus Jogos com festa de barcos no Sena". E os críticos se dividiram. Vanessa Friedman, a editora de moda, escreveu sobre "a Cerimônia de Abertura com mais estilo da história" e que o "Sena virou uma passarela de água". Já o analista de TV, Mike Hale, bateu na escolha principal dos franceses para o espetáculo desde o título de sua análise: "Cerimônia de Abertura perdeu o barco".

No Le Monde, que ilustra sua reportagem sobre reações da mídia com uma foto da tribuna de imprensa no Trocadéro encharcada, notou que o Los Angeles Times considerou a festa "muito francesa". O principal jornal francês não esqueceu do dia de sabotagens pelo país antes do evento: "Mesmo desafiada, Paris é uma festa".

Também foi esse o tom da manchete do no espanhol El País: "França abre os Jogos com brilho, apesar de sabotagem maciça de trens". Sem a festa, por causa dos horários de fechamento cada vez mais apertados dos impressos, o Times de Londres apelou para o risco de terrorismo, Vladimir Putin à frente: "Sabotagem olímpica".

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