No estouro do cronômetro, a bola bate na tabela e entra na cesta.
A França estava três pontos atrás dos Estados Unidos no último quarto da final feminina de basquete das Olimpíadas de Paris, neste domingo (11) na Arena Bercy, quando a ala Gabby Williams, que atua nos EUA pelo Los Angeles Sparks, fez o arremesso final para tentar o empate.
A estrela francesa, porém, estava com os pés na linha de três, o que fez a cesta valer apenas dois pontos. Placar final: 67 a 66 para os EUA, que, com a vitória, ultrapassaram a China no quadro de medalhas na última disputa por pódio de Paris-2024.
Assim, de forma empolgante e sofrida, a delegação americana terminou esta edição dos Jogos em primeiro lugar, com 40 ouros, 44 pratas e 42 bronzes (126 no total). A China teve os mesmos 40 ouros, mas menos pratas e bronzes: 27 e 24, respectivamente, totalizando 91.
Foi a segunda Olimpíada seguida em que os norte-americanos viraram sobre os chineses no dia final de disputa de medalhas.
Em Tóquio-2020, os chineses chegaram às derradeiras competições com vantagem de dois ouros (38 a 36). Triunfos no ciclismo individual (feminino), no basquete e no vôlei (ambos com as mulheres) propiciaram a virada norte-americana.
Desta vez, novamente a China adentrou o domingo em vantagem (39 x 38 ouros). Antes da decisão do basquete, os EUA tinham duas chances de triunfar.
Conseguiram no ciclismo de pista (Jennifer Valente, no omnium), mas não no vôlei feminino (derrota na final para a Itália). Na única e última chance de ouro da China, Li Wenwen cumpriu o que dela se esperava e ganhou na categoria até 81 kg do levantamento de peso.
Assim, coube às norte-americanas do basquete a responsabilidade de impedir que os EUA não ganhassem as Olimpíadas pela primeira vez desde Pequim-2008 –em casa, deu China.
E, com atuação portentosa da pivô A’ja Riyadh Wilson, do Las Vegas Aces, cestinha da decisão com 21 pontos, e o drama no final, elas venceram, mantendo uma longa escrita: desde Atlanta-1996, sempre dá EUA no basquete feminino (oito ouros seguidos).
A terceira melhor campanha foi a do Japão, com 20 ouros, 12 pratas e 13 bronzes, que com dois topos de pódio neste domingo (11) se isolou na disputa particular contra a Austrália.
O país da Oceania ficou em quarto (18 ouros, 19 pratas e 16 bronzes), e os donos da casa confirmaram a quinta posição no quadro, melhor resultado desde Atlanta-1996. Os franceses conquistaram 16 ouros, 26 pratas e 22 bronzes.
Com desempenho inferior ao de Tóquio-2020, quando somou 21 medalhas (sete de ouro), o Brasil ficou em 20º no quadro de medalhas de Paris. Foram 20 pódios: três ouros, sete pratas e dez bronzes.
Para não cair mais na classificação, o país, já com sua participação encerrada, torceu, no domingo, para que cinco nações com chance de ouro falhassem na(s) tentativa(s).
Bélgica, Geórgia, Irã, República Tcheca e Romênia podiam passar o Brasil. A torcida deu certo, e nenhum conseguiu.
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