Descrição de chapéu Olimpíadas 2024 surfe

Saiba quem é Tatiana Weston-Webb, a 'havaiana-gaúcha' medalhista de prata em Paris

Sonho olímpico reaproximou a atleta do povo brasileiro; nascida em Porto Alegre, se mudou para o Havaí quando bebê

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Lisboa

Nascida em Porto Alegre, mas radicada desde bebê no Havaí. Se Tatiana Weston-Webb foi criada e aprendeu a surfar nos Estados Unidos, o sonho olímpico fez com que ela se reaproximasse do Brasil. Nesta segunda-feira (5), a surfista fez história para o país ao conquistar a medalha de prata nas Olimpíadas de Paris, nas baterias disputadas em Teahupo'o, na Polinésia Francesa.

Tatiana foi superada por apenas 0.17 de diferença pela americana Caroline Marks na decisão. Precisava de 4.68 para ultrapassar a adversária e conquistar o ouro. A poucos minutos do término, ela surfou a última onda, cuja nota só saiu após a prova. Tirou um 4.50 e ficou a 17 décimos do topo. Mas saiu orgulhosa do feito.

"Coisas pequenas, mas que fazem a diferença e não deu para mim dessa vez. Mas para mim, prata é um sucesso gigante. Estou muito orgulhosa, obrigado a todos pela torcida. Quase deu ouro, mas deu prata", disse para o SporTV, logo após a prova.

Tatiana Weston-Webb ficou com a prata nos Jogos Olímpicos de Paris - Carlos Barria/Reuters

Por muito, pouco, no entanto, a 'havaiana-gaúcha' não defenderia os Estados Unidos no surfe. Tatiana nasceu no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, em 9 de maio de 1996. Filha da bodyboarder brasileira Tanira Guimarães e do surfista britânico Douglas Weston-Webb, mudou-se com poucos meses para a ilha havaiana de Kauai com a família e foi alfabetizada em inglês.

Começou a praticar o esporte aos oito anos e se tornou campeã mundial júnior em 2013 e 2014. Estrearia profissionalmente no ano seguinte, no qual conquistou o título de "estreante do ano".

Em 2014, começou a namorar o surfista brasileiro Jessé Mendes, com quem casaria em 2020 e a ajudou a melhorar a língua portuguesa. O reencontro com as origens teve início em 2017, quando tinha 21 e foi convidada para competir pelo Brasil em Tóquio, na primeira edição do surfe nas Olimpíadas.

Tatiana Weston-Webb acompanha as notas finais na disputa pelo ouro - Ben Thouard/via Reuters

"Eu me sentia muito mais brasileira do que havaiana. Nem sou dos Estados Unidos. Eu me sinto muito mais brasileira do que tudo. Eu escolhi representar nosso país e foi uma escolha incrível, mudou minha vida" contou Tatiana, ao podcast Olympics.com.

No Japão, Weston-Webb foi eliminada nas oitavas de final pela japonesa Amuro Tsuzuki, que conquistaria conquistou o bronze. No mesmo ano, em 2021, foi vice-campeã mundial ao perder o título para a havaiana Carissa Moore.

Tati está em sétimo lugar no ranking mundial e ainda não venceu nenhuma etapa e, mas tirou uma nota 10 justamente na etapa de Teahupo’o, no Taiti.

Já classificada para Paris-2024, Weston-Webb ficou com o vice-campeonato no ISA Games em março deste ano, resultado que deu ao Brasil mais uma vaga feminina no surfe olímpico. Luana Silva então se juntou a ela e a Tainá Hinckel para participar da disputa. Luana caiu nas quartas, e Thainá parou nas oitavas.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.