Lançado nesta semana em português, o Guia de Filantropia Estratégica traz um roteiro para famílias que desejam se engajar e dedicar parte de seus recursos a causas sociais. Criada pela LGT Group Foundation, a publicação aborda experiências de mais de 30 filantropos influentes.
O lançamento no Civi-co, em São Paulo, contou com a presença do príncipe Max von und zu Liechtenstein, presidente do conselho do LGT Philanthropy Advisory e fundador da Lightrock.
"Alinhar as atividades filantrópicas com o contexto mais amplo do portfólio de negócios dos filantropos pode adicionar mais complexidade, mas também pode aumentar o impacto geral na sociedade", diz ele.
Os quatro capítulos ajudam a identificar motivações e causas e gerar o maior impacto possível com os recursos que cada indivíduo ou cada família tem para esse fim.
Depoimentos de Elie Horn, André Hoffman, Teresa Bracher e Ofra Strauss, entre outros 20 membros de famílias bilionárias, oferecem experiência prática sobre a jornada filantrópica.
"Perguntei à minha família quando deveria fazer essas doações, e todos concordaram comigo que isso deveria ser feito em vida. Segui os passos de meu pai, que faleceu quando eu tinha 40 e poucos anos e doou 100% do que possuía para causas beneficentes", afirma Elie Horn, fundador do Grupo Cyrela e membro do The Giving Pledge.
O movimento, criado em 2010 por Bill Gates e Warren Buffett, incentiva bilionários a destinar pelo menos metade de suas fortunas para investimentos sociais ao longo da vida.
Entre as causas apoiadas pelas famílias citadas na publicação estão biodiversidade, mudanças climáticas, saúde mental e tecnologia contra a corrupção.
"Na medida em que governos lutam para enfrentar os desafios globais e a concentração de riqueza aumenta, famílias afluentes têm uma responsabilidade crescente de se envolver e demonstrar liderança. O engajamento filantrópico ajuda a entender melhor os desafios globais, facilita a autorreflexão e uma visão positiva da vida", diz o príncipe Max von und zu Liechtenstein no prefácio do guia.
Para Patrícia Villela Marino, anfitriã do evento desta terça-feira (11), filantropa e ativista, é importante que todos se sintam "incomodados" a fazer filantropia.
"É preciso mudar o paradigma, desburocratizar e incentivar a cultura de doação participativa e sistêmica, se possível com incidência em políticas públicas", afirma a presidente do Instituto Humanitas 360 e fundadora do Civi-co.
O conteúdo está disponível na íntegra, de forma gratuita, no site do Humanitas 360.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.