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'Passei de desempregada a dona da minha própria marca', diz mãe de cinco

Sabrina Silva recebeu mentorias e R$ 2.000 do Instituto Rede Mulher Empreendedora, finalista do Prêmio Empreendedor Social na categoria Inclusão Social e Produtiva

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São Paulo (SP)

No ano passado, Sabrina Lopes Silva, 35, foi surpreendida com a notícia de que seria demitida.

Mãe de cinco filhos, a moradora do Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro, passou a dedicar o tempo livre às aulas de confeitaria e salgados do programa Ela Pode, iniciativa do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME).

Sabrina Silva se achava incapaz de empreender, até que recebeu capacitação e um capital semente de R$ 2 mil para investir em um negócio de comidas para festas - Renato Stockler/Folhapress

Encarou o desafio de criar o próprio negócio. Era um antigo sonho, mas ela não se achava capaz.

Tudo mudou quando ela recebeu um capital semente de R$ 2.000 para investir em um negócio de comidas por encomenda.

Com capacitação, apoio emocional e crédito, o IRME e a Rede Mulher Empreendedora (RME) já impactaram mais de 10 milhões de mulheres no país.

As duas iniciativas são lideradas por Ana Fontes, finalista do Prêmio Empreendedor Social na categoria Inclusão Social e Produtiva.

Em depoimento, Sabrina conta o que fez com o dinheiro e como hoje toca sua própria marca, a Ebenezer.

"Sempre fui muito trabalhadora, comecei a trabalhar com 14. Só que aí virei mãe, né? Foi aos 18 anos, quando conheci meu marido. Logo depois, vieram outros filhos.

Tive que priorizar minha casa e fiquei sete anos desempregada, mas decidi voltar a trabalhar em 2020 como auxiliar de serviços gerais.

No fim do ano passado a empresa abriu falência e acabei sendo demitida. Fiquei bem triste.

Achei que jamais teria capacidade para ser empreendedora, mas eu sempre tive esse sonho de ter o meu próprio negócio. As pessoas diziam que eu falo bem e que deveria vender alguma coisa.

Em maio deste ano conheci a ONG Anjos da Tia Stellinha —instituição que multiplica os projetos do Instituto Rede Mulher Empreendedora.

Comecei a fazer os cursos de confeitaria e produção de salgadinhos. Fui fazer só para servir nas festas dos meus filhos. Estava pensando pequeno.

Até que a instrutora chegou pra gente e falou sobre o capital-semente de R$ 2.000. Soube que aquela oportunidade era pra mim.

Fui pra casa e preenchi o formulário. Contei que estava com meu forno quebrado e minha batedeira com defeito.

Aí chegou o dia do resultado. Quando abri o email dizendo que eu fui selecionada, na mesma hora, ajoelhei e agradeci a Deus.

Comprei meu forninho, do jeito que eu sempre quis, daqueles que têm luzinha dentro. Comprei uma batedeira planetária, minhas formas de bolo e embalagens. Comprei também um miniprocessador. Fiquei toda feliz.

Meus primeiros compradores foram meus vizinhos. Quando não tem salgados, eles me perguntam quando vai sair.

O carro-chefe são os salgados e bolos de pote, mas também faço outras coisas como biscoitos amanteigados e sacolé gourmet, no período de calor.

No início eu tirava R$ 300 por mês, mas em setembro eu fui surpreendida e cheguei a faturar R$ 600. Agora estou me aprimorando cada vez mais com os cursos de capacitação, que me ensinam a precificar, por exemplo.

Esse mês já consegui fazer meus cartões de visita com o nome da minha marca: Ebenezer, que significa 'até aqui nos ajudou o Senhor'.

A partir do momento que você tem alguém que te impulsiona, você esquece as vozes negativas.

Eu creio que ainda vou bem longe com meu negócio e que tem muita coisa boa para todas que estão começando.

Eu achava que não podia nada e agora eu acredito que eu posso tudo. O segredo é não desistir e perseverar."

Conheça os demais finalistas na plataforma Folha Social+. Vote e, se possível, doe para esta iniciativa na Escolha do Leitor até 20 de outubro em folha.com/escolhadoleitor2023.

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