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19/04/2007
-
12h56
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina se reuniu ontem à noite com vários ministros do tribunal acabou comentando as denúncias que envolvem seu nome com o esquema de venda de sentenças para beneficiar a máfia de jogos. Medina foi alvo de investigação e quebra de sigilo bancário da Operação Hurricane (furacão), que prendeu 25 pessoas na sexta-feira passada.
A Folha Online apurou que o ministro afirmou aos colegas que não tem a intenção de se afastar do STJ, pois está convicto de que não há nada contra ele.
Na reunião, o ministro explicou de forma técnica sua decisão de conceder uma liminar para a liberação de 900 máquinas caça níqueis no Rio de Janeiro e negou que tenha recebido propina no valor de R$ 1 milhão como recompensa.
Virgílio Medina, irmão do ministro, era advogado na ação das máquinas e está entre os 25 presos.
O advogado do ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que o ministro está abalado, com problemas de saúde, mas que decidiu não pedir afastamento do STJ.
Sobre a decisão do tribunal de pedir informações ao Supremo Tribunal Federal sobre as denúncias contra seu cliente, o advogado disse que considerou a medida "natural". "O tribunal tem todo o direito de se informar, mas não sei se o ministro (Cezar) Peluso irá atender ao pedido porque o processo corre em segredo de Justiça."
Indícios
No relatório do inquérito, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República apontaram "fortes indícios" de que Medina tinha ligação com a organização criminosa.
Para os dois órgãos, segundo reportagem da Folha, Medina pode ter negociado por R$ 1 milhão, por intermédio de seu irmão Virgílio Medina, liminar concedida no ano passado liberando 900 máquinas caça-níqueis apreendidas em Niterói.
Almeida Castro disse ontem que seu cliente não tinha conhecimento de que Virgílio Medina trabalhava pela liberação de máquinas caça-níqueis apreendidas no Rio de Janeiro.
"Se é verdade que aquele processo de R$ 1 milhão é de relatoria dele, é grave e tem que ser analisado. Ele não sabia disso [do interesse do irmão]. Tomou conhecimento pela divulgação dos grampos. Nunca tratou desse assunto com o irmão", afirmou o advogado.
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O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina se reuniu ontem à noite com vários ministros do tribunal acabou comentando as denúncias que envolvem seu nome com o esquema de venda de sentenças para beneficiar a máfia de jogos. Medina foi alvo de investigação e quebra de sigilo bancário da Operação Hurricane (furacão), que prendeu 25 pessoas na sexta-feira passada.
A Folha Online apurou que o ministro afirmou aos colegas que não tem a intenção de se afastar do STJ, pois está convicto de que não há nada contra ele.
Na reunião, o ministro explicou de forma técnica sua decisão de conceder uma liminar para a liberação de 900 máquinas caça níqueis no Rio de Janeiro e negou que tenha recebido propina no valor de R$ 1 milhão como recompensa.
Virgílio Medina, irmão do ministro, era advogado na ação das máquinas e está entre os 25 presos.
O advogado do ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que o ministro está abalado, com problemas de saúde, mas que decidiu não pedir afastamento do STJ.
Sobre a decisão do tribunal de pedir informações ao Supremo Tribunal Federal sobre as denúncias contra seu cliente, o advogado disse que considerou a medida "natural". "O tribunal tem todo o direito de se informar, mas não sei se o ministro (Cezar) Peluso irá atender ao pedido porque o processo corre em segredo de Justiça."
Indícios
No relatório do inquérito, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República apontaram "fortes indícios" de que Medina tinha ligação com a organização criminosa.
Para os dois órgãos, segundo reportagem da Folha, Medina pode ter negociado por R$ 1 milhão, por intermédio de seu irmão Virgílio Medina, liminar concedida no ano passado liberando 900 máquinas caça-níqueis apreendidas em Niterói.
Almeida Castro disse ontem que seu cliente não tinha conhecimento de que Virgílio Medina trabalhava pela liberação de máquinas caça-níqueis apreendidas no Rio de Janeiro.
"Se é verdade que aquele processo de R$ 1 milhão é de relatoria dele, é grave e tem que ser analisado. Ele não sabia disso [do interesse do irmão]. Tomou conhecimento pela divulgação dos grampos. Nunca tratou desse assunto com o irmão", afirmou o advogado.
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