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06/09/2002 - 16h47

Meteoro assusta a Austrália; Nasa prevê impacto em 878 anos

da Folha Online

O meteoro que riscou os céus da Austrália a cerca de 30 quilômetros da superfície terrestre ontem à noite assustou os moradores do sul do país.

Segundo relato dos habitantes de Goolwa e Victor Harbour, ao sul de Adelaide, os céus foram tomados por um flash de luz azul e rastros de fumaça. Dois grandes estrondos foram ouvidos.

Pequenos meteoros, que podem chegar ao tamanho de um carro, adentram a atmosfera terrestre com frequência, mas são consumidos pelo fogo gerado com o atrito —são as "estrelas cadentes".

Pedregulhos com o tamanho de um ônibus, no entanto, podem gerar explosões impressionantes, como as ouvidas ontem pelos australianos. Dependendo de sua composição, esses objetos podem chegar inteiros à superfície ou então quebrar em pequenas partes, que caem no solo como meteoritos ou também são consumidos na atmosfera.

Perigo em 2880
Mas, segundo a Nasa (agência espacial norte-americana), o perigo real está reservado para o dia 16 de março de 2880.

Nesse dia, há uma chance significativa de que o meteoro catalogado como 1950 DA, com pouco mais de um quilômetro de diâmetro, se choque com a Terra. O impacto de uma rocha desse porte, zunindo a 66.600 km/h, teria a intensidade de milhares de bombas atômicas.

Uma área num raio de 300 quilômetros do impacto seria totalmente devastada. E o resto do planeta entraria no chamado inverno nuclear: a atmosfera abrigaria toda a poeira erguida na pancada, impedindo a entrada da luz solar e matando toda a vida vegetal. Sem as plantas, os animais morrem. Sem animais e vegetais, a situação pode ser definida em três palavras: fim da civilização.

Mas não se desespere. Quando os cientistas dizem "uma chance significativa", estão longe de querer dizer "certeza". Segundo a turma do JPL, o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a possibilidade de o impacto descrito acima acontecer é de 1 em 300 (0,33%).

A razão para tamanha incerteza é que calcular a órbita de um asteróide por um período de tempo tão grande não é nada fácil. A equipe do JPL publicou um estudo na "Science" no início do ano que está mais para um "tour de force" matemático.

E, embora a probabilidade de impacto seja pequena, é a maior já calculada para um astro do tipo. "É três ordens de magnitude [mil a dez mil vezes] maior que a probabilidade calculada para qualquer outro objeto", diz o estudo.

Acredita-se que haja uns 100 mil pedregulhos perigosos que residem nas proximidades da Terra. Nem metade deles é conhecida.

O meteoro da Austrália

  • Meteoro passa a 30 km da superfície


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