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24/05/2006
-
20h48
da Folha Online
O cantor de funk Pedro Jorge Lopes, 38, o MC Colibri, foi preso na noite de terça-feira (23) na casa dele, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio), suspeito de envolvimento com uma suposta quadrilha de tráfico de drogas que agia no Rio e em Niterói.
O MC foi preso por força de um mandado de prisão temporária --válido por 30 dias-- expedido pela 5ª Vara Criminal de Niterói pelos crimes de tráfico de drogas e associação para este fim.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações estão baseadas em grampos telefônicos. Eles revelaram que o MC mantinha contato com o suposto líder do TCP (Terceiro Comando Puro) José Renato Silva Ferreira, o Batata. Hoje ele seria integrante de outra facção, a ADA (Amigo dos Amigos).
O site de relacionamentos Orkut foi usado durante as investigações. Os policiais afirmam ter encontrado referências ao MC em uma comunidade destinada a exaltar o TCP. O autor da comunidade é um adolescente de 16 anos, ainda segundo a Polícia Civil, que responderá a um processo por apologia ao tráfico de drogas na Vara da Infância e da Juventude.
Na casa do cantor foram apreendidos também CDs nos quais estariam gravados seus funks --chamados de "proibidões" justamente por exaltar traficantes e favelas do Rio. Foram apreendidos ainda dois carros --um Honda Civic e uma Pajero.
Proibidões
Em outubro de 2005, a Polícia Civil indiciou 13 cantores de funk do Rio por apologia ao tráfico de drogas devido aos "proibidões". O indiciamento foi feito com base em vídeos, áudios e fotos arrecadados durante a investigação. As rádios se recusam a veicular os "proibidões".
Na ocasião em que os funkeiros foram indiciados, um jovem de 18 anos, dono de uma rádio que transmite as músicas pela internet, foi preso. Na página que ele mantinha era possível baixar arquivos dos "proibidões" e encontrar fotos dos principais cantores. Ela foi tirada do ar.
Entre os funkeiros indiciados estava o MC Frank, cantor da música "Bonde do 157". O nome é uma referência ao artigo do Código Penal que trata do crime de roubo.
Na música, ele descreve ataques a motoristas, relaciona os nomes dos veículos preferidos dos assaltantes e conta como as vítimas devem se comportar. Na letra, Frank diz: "Audi, Civic, Honda/Citröen e o Corolla/Mas se tentar fugir/ Pá! Pum!/ Tirão na bola [na cabeça]/ Na Chatuba é 157".
Em depoimento, naquela ocasião, ele disse que foi pressionado a fazer a música pela comunidade.
Com Folha de S.Paulo
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O cantor de funk Pedro Jorge Lopes, 38, o MC Colibri, foi preso na noite de terça-feira (23) na casa dele, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio), suspeito de envolvimento com uma suposta quadrilha de tráfico de drogas que agia no Rio e em Niterói.
O MC foi preso por força de um mandado de prisão temporária --válido por 30 dias-- expedido pela 5ª Vara Criminal de Niterói pelos crimes de tráfico de drogas e associação para este fim.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações estão baseadas em grampos telefônicos. Eles revelaram que o MC mantinha contato com o suposto líder do TCP (Terceiro Comando Puro) José Renato Silva Ferreira, o Batata. Hoje ele seria integrante de outra facção, a ADA (Amigo dos Amigos).
Divulgação |
O cantor de funk MC Colibri, preso sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas no Rio |
Na casa do cantor foram apreendidos também CDs nos quais estariam gravados seus funks --chamados de "proibidões" justamente por exaltar traficantes e favelas do Rio. Foram apreendidos ainda dois carros --um Honda Civic e uma Pajero.
Proibidões
Em outubro de 2005, a Polícia Civil indiciou 13 cantores de funk do Rio por apologia ao tráfico de drogas devido aos "proibidões". O indiciamento foi feito com base em vídeos, áudios e fotos arrecadados durante a investigação. As rádios se recusam a veicular os "proibidões".
Na ocasião em que os funkeiros foram indiciados, um jovem de 18 anos, dono de uma rádio que transmite as músicas pela internet, foi preso. Na página que ele mantinha era possível baixar arquivos dos "proibidões" e encontrar fotos dos principais cantores. Ela foi tirada do ar.
Entre os funkeiros indiciados estava o MC Frank, cantor da música "Bonde do 157". O nome é uma referência ao artigo do Código Penal que trata do crime de roubo.
Na música, ele descreve ataques a motoristas, relaciona os nomes dos veículos preferidos dos assaltantes e conta como as vítimas devem se comportar. Na letra, Frank diz: "Audi, Civic, Honda/Citröen e o Corolla/Mas se tentar fugir/ Pá! Pum!/ Tirão na bola [na cabeça]/ Na Chatuba é 157".
Em depoimento, naquela ocasião, ele disse que foi pressionado a fazer a música pela comunidade.
Com Folha de S.Paulo
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