Publicidade
Publicidade
19/07/2006
-
16h01
da Folha Online
Nadja Cravinhos de Paula e Silva, mãe dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, prestou depoimento no júri do caso Richthofen na tarde desta quarta-feira. Em um relato muito emocionado, ela disse que perdoou os filhos e Suzane von Richthofen, 22, pelo crime; e que o dia mais triste de sua vida foi aquele em que Daniel confessou o crime a ela.
Suzane, o então namorado dela, Daniel, e Cristian são réus confessos no processo que os acusa de ter planejado e matado os pais dela, Manfred e Marísia von Richthofen, na casa em que a família morava, na zona sul de São Paulo, em outubro de 2002.
Daniel e Cristian choram desde o começo do depoimento. Eles levam lenços aos olhos com freqüência, para enxugar as lágrimas. Antes de deixar o plenário, a mãe pediu ao juiz que preside o júri, Alberto Anderson Filho, para abraçar Daniel e Cristian, e foi atendida. Os três se abraçaram e choraram muito.
Durante o depoimento, Suzane demonstrou decepção e moveu negativamente a cabeça nos momentos em que Nadja acusou os pais dela de serem agressivos quando bebiam e de terem abusado sexualmente dela. No momento em que os três se abraçaram, ela teve a visão bloqueada por um advogado.
Nadja afirmou ainda que o marido dela, Astrogildo, dava uma vida "confortável e feliz" para a família e que Daniel, que chamou de "o mais dócil dos irmãos", nunca teve interesse financeiro em seu relacionamento com a moça. "Ele sempre queria protegê-la de a todo custo, nem que fosse com a própria vida. E foi o que ele fez. Daniel sempre falava de seus planos. Não sei o que aconteceu."
Questionado pelo advogado Geraldo Jabur, responsável pela defesa de Daniel e de Cristian, Nadja disse que havia comparecido ao plenário com roupas pretas porque se sente "de luto pela tragédia acometida às famílias envolvidas". "É muito sofrimento para mim. Minha casa era cheia de vida, feliz, alegre. De repente, ela ficou vazia e triste."
Nadja disse ainda acreditar que Daniel tenha sido "um instrumento" para Suzane. "Uma mulher pode levar um homem ao sucesso e à glória ou à desgraça total."
Ela ainda fez um apelo aos jurados: "Eles fizeram uma coisa muito grave, mas estão arrependidos. A Justiça é necessária, dói, mas é necessária. Mas cada um tem que pagar pelo que fez, e não pelo que não fez."
Um dos momentos mais emocionados do depoimento ocorreu quando Nadja disse que Daniel acha "muito difícil viver" com o que fez, e que tem "muita vergonha". Neste momento, Daniel chorou copiosamente. Minutos antes, ela disse que ele havia pensando em se matar enquanto esteve preso.
Ela também fez elogios à Suzane. Disse que ela tinha um carinho especial pelo irmão, Andreas von Richthofen, 19, e que sempre agiu como uma mãe para ele. Ela criticou, entretanto, o fato de que, na opinião de Nadja, o irmão caçula era demasiadamente influenciado pela mais velha.
Drogas
Nadja admitiu que Cristian teve problemas com drogas há dez anos, mas que ele mesmo decidiu parar de consumir e, com a ajuda da família, se recuperou. "Mãe não arruma as coisas, mãe inspeciona. Eu nunca encontrei nada [relacionado às drogas] nas coisas deles."
Leia mais
Defesa de Suzane tenta desqualificar mãe dos Cravinhos por sentimento
Testemunha sabia de versão que exclui Cristian Cravinhos de crime
Daniel chora e Suzane Richthofen dá ordens a advogados durante júri
Especial
Leia a cobertura completa sobre o júri do caso Richthofen
Leia o que já foi publicado sobre a morte do casal Richthofen
Em relato emocionado, mãe dos Cravinhos diz ter perdoado filhos e Suzane
Publicidade
Nadja Cravinhos de Paula e Silva, mãe dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, prestou depoimento no júri do caso Richthofen na tarde desta quarta-feira. Em um relato muito emocionado, ela disse que perdoou os filhos e Suzane von Richthofen, 22, pelo crime; e que o dia mais triste de sua vida foi aquele em que Daniel confessou o crime a ela.
Suzane, o então namorado dela, Daniel, e Cristian são réus confessos no processo que os acusa de ter planejado e matado os pais dela, Manfred e Marísia von Richthofen, na casa em que a família morava, na zona sul de São Paulo, em outubro de 2002.
Daniel e Cristian choram desde o começo do depoimento. Eles levam lenços aos olhos com freqüência, para enxugar as lágrimas. Antes de deixar o plenário, a mãe pediu ao juiz que preside o júri, Alberto Anderson Filho, para abraçar Daniel e Cristian, e foi atendida. Os três se abraçaram e choraram muito.
Durante o depoimento, Suzane demonstrou decepção e moveu negativamente a cabeça nos momentos em que Nadja acusou os pais dela de serem agressivos quando bebiam e de terem abusado sexualmente dela. No momento em que os três se abraçaram, ela teve a visão bloqueada por um advogado.
Nadja afirmou ainda que o marido dela, Astrogildo, dava uma vida "confortável e feliz" para a família e que Daniel, que chamou de "o mais dócil dos irmãos", nunca teve interesse financeiro em seu relacionamento com a moça. "Ele sempre queria protegê-la de a todo custo, nem que fosse com a própria vida. E foi o que ele fez. Daniel sempre falava de seus planos. Não sei o que aconteceu."
Questionado pelo advogado Geraldo Jabur, responsável pela defesa de Daniel e de Cristian, Nadja disse que havia comparecido ao plenário com roupas pretas porque se sente "de luto pela tragédia acometida às famílias envolvidas". "É muito sofrimento para mim. Minha casa era cheia de vida, feliz, alegre. De repente, ela ficou vazia e triste."
Nadja disse ainda acreditar que Daniel tenha sido "um instrumento" para Suzane. "Uma mulher pode levar um homem ao sucesso e à glória ou à desgraça total."
Ela ainda fez um apelo aos jurados: "Eles fizeram uma coisa muito grave, mas estão arrependidos. A Justiça é necessária, dói, mas é necessária. Mas cada um tem que pagar pelo que fez, e não pelo que não fez."
Um dos momentos mais emocionados do depoimento ocorreu quando Nadja disse que Daniel acha "muito difícil viver" com o que fez, e que tem "muita vergonha". Neste momento, Daniel chorou copiosamente. Minutos antes, ela disse que ele havia pensando em se matar enquanto esteve preso.
Ela também fez elogios à Suzane. Disse que ela tinha um carinho especial pelo irmão, Andreas von Richthofen, 19, e que sempre agiu como uma mãe para ele. Ela criticou, entretanto, o fato de que, na opinião de Nadja, o irmão caçula era demasiadamente influenciado pela mais velha.
Drogas
Nadja admitiu que Cristian teve problemas com drogas há dez anos, mas que ele mesmo decidiu parar de consumir e, com a ajuda da família, se recuperou. "Mãe não arruma as coisas, mãe inspeciona. Eu nunca encontrei nada [relacionado às drogas] nas coisas deles."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice