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27/12/2002 - 18h39

Diferenças entre negros e brancos ainda são acentuadas, mostra IDH

da Folha Online

O IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) da população negra teve uma evolução ligeiramente maior que o dos brancos ao longo da última década, chegando a 0,700, enquanto o dos brancos chegava a 0,811. Os números são do Novo Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgado hoje em Brasília, com base em dados do Censo de 2000.

Em 1991, o índice dos negros era de 0,619, contra um índice de 0,757 dos brancos.

Apesar da redução da distância, as diferenças ainda são acentuadas.

O IDH-M de 0,811 colocaria os brancos brasileiros no rol de países com alto desenvolvimento humano. Já o IDH-M de 0,700 dos negros está na faixa dos países com médio desenvolvimento humano.

O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; os países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano; países com IDH maior que 0,800 têm desenvolvimento humano considerado alto.

Em uma comparação com o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) de 2002, o índice dos brancos seria equivalente ao dos Emirados Árabes Unidos (46º lugar no ranking de 173 países), enquanto o dos negros seria similar ao da República Moldova (105º lugar).

Entre 1991 e 2000, os negros brasileiros tiveram sua maior evolução em desenvolvimento humano na dimensão educação. O índice passou de 0,666 para 0,799. A frequência à escola subiu de 58,3% para 79,0% e a taxa de alfabetização passou de 70,8% para 80,3%.

Na dimensão longevidade, o avanço dos negros também foi proporcionalmente maior ao dos brancos. A esperança de vida ao nascer dos brancos -71 anos- continua muito maior que a dos negros - 65,7 anos. Porém, ao longo da década, a expectativa de vida ao nascer da população negra cresceu 11,9% -praticamente o dobro do crescimento registrado pelos brancos, que foi de 6,7%.

Na dimensão renda, porém, é grande a barreira entre brancos e negros. Em 1991, a renda per capita média da população negra era 41% da renda da população branca: R$ 128,68 contra R$ 316,70. Em 2000 essa proporção oscilou para 40%: R$ 162,84 contra R$ 406,77.

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