Atraso
do governo emperra crescimento da indústria cultural
Com uma vitalidade
maior do que estima o governo, a indústria cultural do país
pode ser bem mais forte do que os números mostravam. Um estudo
recém-lançado evidencia que, só no Rio de Janeiro,
são movimentados cerca de R$ 5 bilhões por ano no
setor - 3,8% do PIB do Estado. Esses dados e outros estão
no livro Economia da Cultura - A Força da Indústria
Cultural no Rio de Janeiro, resultado de pesquisa da Fundação
Carlos Chagas.
Segundo Luiz
Carlos Prestes Filho, coordenador do trabalho, o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) não considera a
cultura como uma atividade econômica, e isso tem causado danos
irreparáveis ao setor. A cultura é o segmento que
mais cresce no país e que isso não é medido.
A última referência do Ministério da Cultura
é um estudo feito em 1998 pela Fundação João
Pinheiro, de Minas Gerais. Por meio desse estudo, o governo federal
estima que a cultura movimente anualmente R$ 10 bilhões no
País todo.
Mas, o número
pode ser bem maior. Até porque o Ministério da Cultura
não utilizou fontes de informação importantes
no seu levantamento, como a fonte de arrecadação tributária
dos municípios e Estados - leia-se Imposto sobre Serviços
(ISS) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS).
A metodologia criada pelos pesquisadores da Fundação
Carlos Chagas analisa o valor econômico dos tributos - o pesquisador
calcula o valor exato do que foi arrecadado em cada município
com a atividade cultural. Por meio desse levantamento, por exemplo,
eles registraram uma queda na atividade da indústria gráfica
no Rio de Janeiro.
Leia
mais:
- Estudo
vê contradições na economia da cultura
Leia
também:
- Governo
não conhece o estudo de fundação
- A
saúde da cultura
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