Mulheres
decidem eleições de 2002
Pela primeira vez em uma disputa para
a Presidência da República, as mulheres são
a maioria do eleitorado. Mais que isso: elas nunca tiveram tanta
participação nas eleições como desta
vez. É verdade que ainda são uma minoria, mas estão
ativas não só como candidatas mas também como
agregadas. De olho no eleitorado feminino, os candidatos deram espaços
para as mulheres em seus palanques.
Marisa, mulher do candidato petista,
deu uma geral no visual e segue à risca os conselhos do marqueteiro
de Luís Inácio Lula da Silva. Os tucanos se apressaram
em conseguir uma mulher para contrabalançar: transformaram
a deputada Rita Camata em vice de Serra. Ciro Gomes nem precisou
fazer tanto esforço, a esposa e atriz Patrícia Pillar
entrou de cabeça na campanha. A ex-primeira dama carioca,
Rosinha Garotinho, além de dar uma força para o marido
presidenciável inverteu os papéis e pode ser eleita
governadora do Rio no primeiro turno.
O exército feminino de eleitoras
é formado por 58,6 milhões pessoas, ou 50,8% do eleitorado
brasileiro. Desse total, 45,17% têm entre 25 e 44 anos. A
maioria tem sete anos de estudo. Ou seja: a dona-de-casa é
que decidirá quem ocupará o Palácio do Planalto
a partir do ano que vem. Em um país transformado pelo novo
eleitorado feminino - maior e mais atento -, acompanhar a vida pública
do marido não é suficiente. As eleitoras agora querem
ver quem e como elas são. Por isso,
18% delas ainda estão indecisas contra 9% dos homens.
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