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Gilberto Dimenstein
O presidente do Departamento Nacional
do Trânsito (Denatran), Ailton Brasiliense, informou
à Folha Online que vai começar a implantar,
já no próximo ano, um sistema de antenas para
fiscalizar eletronicamente os automóveis nas cidades.
É algo parecido ao Big Brother para veículos.
Segundo ele, o programa começa
voluntariamente, mas será obrigatório. Umas
das cidades que experimentariam a fiscalização
eletrônica seria São Paulo.
Semelhante ao sistema de cobrança
eletrônica de pedágio nas estradas chamado de
"Sem Parar", antenas seriam instaladas nas ruas
de maior movimento na cidade. Os sinais seriam emitidos pelos
selos afixados nos veículos e indicariam eventuais
irregularidades, como falta de pagamento de multa, ausência
de licenciamento ou roubo do automóvel. Qualquer carro
em movimento estaria sob observação.
Para Airton, o sistema ajudaria a
combater a impunidade no trânsito. Os custos, na sua
opinião, são viáveis, já que cada
antena custa entre R$ 12 e R$ 15 mil; cada selo sairia por
R$ 10. "As empresas de segurança terão
o maior interesse em apoiar o projeto", acredita.
No futuro, talvez sirvam para um projeto
mais ambicioso, agora quase impensável: o pedágio
urbano, iniciado este ano, com sucesso em Londres, devendo
seguir para Paris.
O número de veículos
em circulação cresce, mas depara-se com a limitação
espacial. Mais cedo ou mais tarde, o pedágio urbano,
por falta de opção, será implantado.
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