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Dia 14.03.02

 

 

Jovens não acreditam nos impactos de suas ações, aponta pesquisa

Rodrigo Zavala
Equipe GD

Você acredita que suas ações podem melhorar o mundo ou, pelo menos, sua própria vida? Pois bem, 24% dos jovens brasileiros rechaçam essa idéia. Não enxergam impactos econômicos, sociais ou ambientais em suas ações. O índice, considerado altíssimo, faz parte do estudo nacional "Os jovens e o consumo sustentável - construindo o próprio futuro", divulgado hoje (14/03) pelo Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.

Os resultados surpreenderam os pesquisadores, que buscavam saber o que os jovens consumidores pretendiam fazer para assegurar o futuro do país. "Como vamos pensar nesse tipo de consciência se os jovens desconhecem sua participação na sociedade", afirmou Hélio Mattar, presidente do Instituto. Entende-se como consumo consciente aquele que satisfaz as necessidades individuais, sem perder de vista a preservação do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento humano.

Os questionários foram aplicados a jovens de 18 a 25 anos, residentes em 9 regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Belém, Recife, Salvador, e Fortaleza. Além disso, foram incluídas as cidades de Goiânia e Brasília. "Procuramos elaborar uma pesquisa qualitativa que abarcasse todas as regiões do país", explicou o cientista social Paulo Cidade, da Indicator Pesquisas de Mercado, empresa responsável pela sistematização dos dados.

Os assuntos que mais preocupam os jovens também desapontaram os responsáveis pelo estudo. Apenas 10% dos entrevistados possuem interesse em assuntos relacionados a política ou sociedade. Preferem "quebrar a cabeça" em questões como educação profissional (85%).

"Organizações sociais e políticas não são instrumentos com os quais eles contam. Parecem caminhar descolados de sua realidade em direção a objetivos individuais", apontou o cientista social.

Os dados foram comparados à pesquisa Is the Future yours? (O futuro é de vocês?), realizada todos os anos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco) em 24 países. Foi percebido que o Brasil alinha-se com outros países em desenvolvimento, onde as taxas de desemprego costumam ser maiores. Para se ter uma idéia, a importância da educação profissional para os jovens mexicanos chega a 91%, enquanto na Itália não ultrapassa 40%.

Para mudar esse quadro, o Instituto Akatu defende que a discussão chegue à sala de aula. Segundo seu presidente, Hélio Mattar, a instituição já disponibilizou material pedagógico para 20 mil estudantes. "Desenvolvemos projetos em que os alunos sejam protagonistas do aprendizado", conta. As escolas interessadas podem se cadastrar pelo site www.akatu.net.

 
 
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