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Dia 08.03.02

 

 

Mulheres aumentam participação no mercado, mas ainda são discriminadas

Rodrigo Zavala
Especial para o GD

Às vésperas do Dia Internacional da Mulher a mídia alardeou todo o tipo de pesquisa para estabelecer um perfil da mulher brasileira. As conclusões mostram que o Brasil ainda dá passos muitos curtos em relação à igualdade de direitos entre homens e mulheres, principalmente no mercado de trabalho. Embora a participação da mulher tenha aumentado entre o ano de 2000 para 2001 (de 52,7%, para 53,7%), a taxa de desemprego da parcela feminina da população ainda é maior que a dos homens.

A mesma diferença é constatada quando são comparados os rendimentos entre ambos os sexos, que chegam a ser 31% menores para as mulheres. Ao mesmo tempo em que sonham igualar sua renda à dos homens, travam uma batalha dentro da própria classe. A discriminação de gênero, aliada ao preconceito étnico, faz as negras receberem a metade dos salários recebidos por não-negras.

Outra pesquisa aponta que 25% dos domicílios brasileiros são chefiados pela parcela feminina da população. Com rendimento médio de R$ 591 por mês, a metade delas, porém, recebe R$ 276 ou menos e 19,4% não sabem sequer ler e escrever. E são elas as responsáveis pela criação e educação de 2,3 milhões de crianças de 0 a 6 anos.

Leia dossiê especial sobre o perfil da mulher brasileira:
- Sociedade brasileira ainda é machista, afirmam mulheres
- Atuação feminina no mercado de trabalho tem maior aumento desde 99
- Entre elas, o desemprego é maior, diz o Dieese
- Cai diferença de renda entre homem e mulher
- Mulheres brancas ganham o dobro das negras
- Mulheres comandam 25% das casas, mas têm instrução e salários baixos
- Mais crianças vivem com mulheres pobres
- Chefes estão sozinhas e mais velhas
- Elas podem ser maioria, mas enfrentam preconceito
- Discriminação persiste nos altos escalões das empresas
- Mulheres vencem preconceito e ampliam espaço no mercado financeiro
- Mulheres se preparam para assumir metade dos cargos de analista
- No Nordeste, são elas que comandam mais
- Na política, têm propostas
- Para a ONU, são as maiores vítimas na guerra
- Mulheres têm menos acesso à saúde, diz Opas
- Biblioteca Virtual oferece informações sobre questões relacionadas à mulher

 

 
 
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Sociedade brasileira ainda é machista, afirmam mulheres

No ano passado, a Fundação Perseu Abramo, de São Paulo, espalhou entrevistadores por todo o país para realizar a pesquisa "A Mulher Brasileira nos Espaços Público e Privado". Durante as entrevistas, 2.502 mulheres, rurais e urbanas, em 187 municípios de 24 Estados, foram questionadas sobre situação social do país, sexualidade, estética e preconceito.

Entre as principais constatações do estudo está a diferença de gênero no país. Segundo 89% das entrevistadas, a sociedade ainda mantém idéias machistas. Quase empatadas, as reivindicações feitas pelas entrevistadas são: o direito ao trabalho (28%) e direito à saúde (27%). Aliás, os pesquisadores constataram que a preocupação com a saúde é uma constante, principalmente se relacionada com a sexualidade: 79% estão felizes com sua vida sexual e 91% usam camisinhas.

As informações são da revista Época.

 
 
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Mais crianças vivem com mulheres pobres

Na comparação com 1991, houve aumento do número absoluto de crianças brasileiras de zero a seis anos vivendo em casas chefiadas por mulheres pobres - com renda mensal de até dois salários mínimos. O número passou de 1,7 milhão de crianças para cerca de 2,3 milhões em 2000.

Essas crianças eram 10% do total de 22,9 milhões de brasileiros nessa faixa etária e 56,9% das 4 milhões que vivem em domicílios que têm mulheres como responsáveis, em 2000. Em 1991, elas representavam 7,4% do total de 23,2 milhões de crianças nessa faixa etária e 71,3% das que viviam em famílias chefiadas por mulheres.

Esses dados foram divulgados ontem pelo IBGE, no relatório "Perfil das Mulheres Responsáveis pelos Domicílios no Brasil", baseado no Censo 2000.

Para o IBGE, o aumento de crianças de zero a seis anos vivendo com mulheres pobres pode ser explicado pela queda na taxa de fecundidade, dissolução dos casamentos, gravidez precoce e pelo aumento do número de mulheres responsáveis por domicílios.
De acordo com dados do Censo 2000, a mulher responde por um em cada quatro domicílios no Brasil -um crescimento de 37,6% em relação a 1991.

"Com a queda na fecundidade, o número total de crianças de zero a seis anos diminuiu. Por outro lado, sabemos que a gravidez de adolescentes cresceu, e isso se reflete na condição dessas crianças que vivem com mulheres", afirmou Lilibeth Ferreira, chefe da Divisão de Estudos e Pesquisa.

Divulgados para comemorar o Dia Internacional da Mulher (hoje), os números do IBGE mostram a condição de vulnerabilidade social de muitas famílias chefiadas por mulheres, apesar dos espaços ocupados pelas brasileiras -hoje mais escolarizadas e com maior acesso ao mercado de trabalho.

"Essas crianças vivem em famílias paupérrimas, pois renda de dois salários mínimos, numa família de quatro pessoas, dá meio salário mínimo mensal per capita", afirmou Ana Lúcia Sabóia, coordenadora da publicação.

É na fase inicial da vida que o desenvolvimento do cérebro ocorre de forma mais rápida. A saúde e a nutrição têm efeito direto no desenvolvimento emocional e intelectual das crianças.

No indicador da condição de pobreza de crianças, o Maranhão é o pior colocado: das crianças de zero a seis anos que vivem em domicílios chefiados por mulheres, 78% estão em domicílios cuja renda do responsável é inferior a dois salários mínimos. A seguir vêm Piauí (77%) e Ceará (69,1%).

O rendimento é a principal medida da dificuldade e da desigualdade enfrentadas pelas chefes de família: metade delas (5,5 milhões de mulheres) ganha R$ 276 por mês. O rendimento mensal médio do total delas é de R$ 591 -71,5% da média recebida pelos chefes de domicílio do sexo masculino.

A chefe de família no Nordeste ainda tem o pior rendimento -R$ 376- em comparação com os R$ 712 ganhos no Sudeste.

Estudos do IBGE revelam que o rendimento do chefe de família representa, em média, 70% do orçamento familiar. Nos domicílios chefiados por mulheres, o índice é ainda maior, já que, em 90% deles, as mulheres não vivem com o cônjuge masculino e são as principais ou as provedoras da casa.

A defasagem na renda feminina diminuiu em relação a 91. Isso se deve, em grande parte, às conquistas na educação. A taxa de alfabetização subiu de 80,6%, em 91, para 87,5%, em 2000.

(Folha de S. Paulo)

 
 
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Biblioteca Virtual oferece informações sobre questões relacionadas à mulher

A Biblioteca Virtual da Mulher (BVM) é um projeto do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher - Cedim/RJ. Criado para reunir num único local uma seleção organizada de informações referentes ao tema Mulher e Relações de Gênero, o site (www.prossiga.br/bvm/cedim) disponibiliza uma seleção de
links brasileiros e estrangeiros que tratam do assunto.

As informações são do Instituto Ethos.

 
 
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