Para emagrecer, é preciso autoconfiança
ADRIANA
RESENDE
da Folha Online
Podem
não acreditar, mas, até os meus sete anos, pesava
apenas 14 kg. Tinha problemas frequentes nas amígdalas, e
isso impedia que eu tivesse alimentação e peso normais.
Hoje não sei se é comum o procedimento, mas naquela
época o médico aconselhou a fazer uma cirurgia. Depois
dessa operação, comecei a me alimentar melhor e, em
dois meses, já pesava 28kg. Daí pros 56kg foi um pulinho.
Até a adolescência, não estava "nem aí".
Comia o que me desse vontade, apesar de a minha mãe tentar
controlar. Quando comecei a me interessar pelos garotos e a me preocupar,
já era tarde. Era uma verdadeira "baleinha". E
odiava ser chamada assim pelo meu irmão.
Aí, desatei a fazer todo tipo de dieta maluca que via na
minha frente. Me lembro de uma, indicada por uma tia, que estava
no livro "Só é Gordo Quem Quer", de João
Uchôa Júnior, sucesso na década de 80 entre
os maníacos por regime. É claro que não deu
certo: o médico não limitava quantidades, só
dizia para não misturarmos doce e salgado, mas não
limitava frituras, por exemplo, nem açúcar em excesso.
Mas a mais maluca de todas foi uma tal de dieta dos 13 dias. Era
um regime que deixava a pessoa quase sem comer nada durante esse
tempo. O cardápio era diferente a cada dia. O almoço,
por incrível que pareça, às vezes era apenas
um pedaço de queijo e uma cenoura ralada e sem sal
ou queijo e um tomate, também sem sal. Dizia-se que
a gente emagreceria 6,5 kg em 13 dias. Também pudera...
O pior foi que, tendo emagrecido só a metade, resolvi repetir
a dieta logo em seguida. Depois de quase um mês, emagreci
os tais 6 kg. Mas, como era inevitável, voltei a comer tudo,
engordei os 6 kg e mais 6. Tinha uns 14 anos e estava pesando 66
kg. Um absurdo, pois tenho menos de 1,60 m de altura.
Só emagreci realmente quando fiz o programa dos Vigilantes
do Peso, aos 16 anos. Calmamente, perdi 12 kg em oito meses. E aprendi
a reeducar meu estômago, minha fome, minha gula. E olha que
depois até engordei um pouco de novo, por causa de ansiedade,
na época do vestibular.
Mas a dieta foi boa, porque me ensinou a ter controle sobre o que
como e mais confiança em mim, me mostrou que magrecer só
depende de força de vontade. E melhor que isso: nem sei quanto
peso - creio que uns 57 kg mas descobri que uns dois ou três
quilinhos a mais não vão me tornar mais feia ou ou
menos atraente nem mais triste. É só estar de bem
com a vida.
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