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PERDIZES
PM
tenta evitar privilégio
com uso de rádios
DA
REPORTAGEM LOCAL
O interesse
de outros bairros em também adotar o canal de comunicação
entre os moradores e a Polícia Militar obrigou a corporação
a impor regras para impedir que parte da sociedade tivesse um serviço
privilegiado.
De acordo com o coronel Leopoldo Augusto Corrêa Filho, comandante
da PM na zona oeste da cidade, as normas em vigor prevêem que apenas
os Consegs (Conselhos Comunitários de Segurança) poderão
permitir que um morador ou empresário utilize os rádios.
Não dá para uma empresa ter 15 rádios e os
mais pobres, que não têm acesso, ficarem sem. Seria um privilégio
dos mais ricos, disse.
Outra regra prevista é não permitir que policiais andem
com os rádios. Pela norma, os rádios têm de ficar
em locais fixos. Companhia, batalhões ou destacamentos da polícia,
por exemplo. Essas chamadas, feitas pelos rádios, têm
de entrar para as estatísticas de atendimento. Se o rádio
ficar com o policial, há o risco de a ocorrência não
ser registrada, diz Corrêa Filho.
De acordo com o coronel, a utilização dos rádios
na região da Lapa provocou, indiretamente, o aumento do número
de moradores interessados em discutir o problema de segurança na
região. As reuniões e palestras que fazemos passaram
a ter mais moradores.
Para o coronel, os rádios podem ajudar a polícia a fazer
um trabalho preventivo nos bairros, além de aproximar a sociedade
da polícia.
Se a comunidade acha que o serviço é bom, a PM apóia,
diz.
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