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16/11/2003
-
09h01
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Lima
Há 25 anos, o Peru entrava para o rol dos maiores rivais da seleção brasileira, mas não por uma grande partida.
Foi na Copa da Argentina, em 1978, que tudo começou, tendo o goleiro Ramón Quiroga como grande "vilão".
Disputado em meio a um cruel regime militar, o Mundial argentino chegou à rodada de definição dos finalistas com os anfitriões e o Brasil empatados em pontos na mesma chave. Assim, a definição aconteceria no saldo de gols.
Obrigado a jogar antes, o Brasil venceu a Polônia por 3 a 1. Assim, a seleção da Argentina entrou em campo para enfrentar o Peru, que havia sido batido pelo Brasil por 3 a 0, precisando vencer por goleada. E foi o que aconteceu, com um triunfo acachapante: 6 a 0.
Aquela esmagadora vitória dos argentinos sempre foi vista com desconfiança pelos brasileiros.
A suspeita aumentou quando alguns jogadores peruanos, anos depois, teriam dito que sua seleção havia sido subornada para facilitar a vida do time dos avantes Kempes e Luque.
O principal suspeito era Quiroga, que nasceu na Argentina e depois tornou-se cidadão peruano.
Como nada foi provado, o Brasil segue até hoje chorando aquela eliminação, que na opinião de Cláudio Coutinho, o técnico da seleção na ocasião, se transformou em um "título moral".
Coutinho justificava: o time nacional, apesar do episódio envolvendo o jogo entre Argentina e Peru, terminou o Mundial de 1978 sem perder nenhuma das sete partidas que disputou.
Quiroga continuou no Peru e manteve a fama de polêmico, agora como treinador. Recentemente, ele foi demitido do Universidad, deixando o time nas últimas posições do campeonato nacional e reclamando de salários atrasados.
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da Folha de S.Paulo, em Lima
Há 25 anos, o Peru entrava para o rol dos maiores rivais da seleção brasileira, mas não por uma grande partida.
Foi na Copa da Argentina, em 1978, que tudo começou, tendo o goleiro Ramón Quiroga como grande "vilão".
Disputado em meio a um cruel regime militar, o Mundial argentino chegou à rodada de definição dos finalistas com os anfitriões e o Brasil empatados em pontos na mesma chave. Assim, a definição aconteceria no saldo de gols.
Obrigado a jogar antes, o Brasil venceu a Polônia por 3 a 1. Assim, a seleção da Argentina entrou em campo para enfrentar o Peru, que havia sido batido pelo Brasil por 3 a 0, precisando vencer por goleada. E foi o que aconteceu, com um triunfo acachapante: 6 a 0.
Aquela esmagadora vitória dos argentinos sempre foi vista com desconfiança pelos brasileiros.
A suspeita aumentou quando alguns jogadores peruanos, anos depois, teriam dito que sua seleção havia sido subornada para facilitar a vida do time dos avantes Kempes e Luque.
O principal suspeito era Quiroga, que nasceu na Argentina e depois tornou-se cidadão peruano.
Como nada foi provado, o Brasil segue até hoje chorando aquela eliminação, que na opinião de Cláudio Coutinho, o técnico da seleção na ocasião, se transformou em um "título moral".
Coutinho justificava: o time nacional, apesar do episódio envolvendo o jogo entre Argentina e Peru, terminou o Mundial de 1978 sem perder nenhuma das sete partidas que disputou.
Quiroga continuou no Peru e manteve a fama de polêmico, agora como treinador. Recentemente, ele foi demitido do Universidad, deixando o time nas últimas posições do campeonato nacional e reclamando de salários atrasados.
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