Fico
revoltado quando o Fernando Meligeni é chamado de veterano
em algumas reportagens. Puxa, ele tem só 29 anos? Não
há um preconceito besta nisso tudo?
Valéria Gonçalves (Presidente Prudente, SP)
Realmente,
Valéria, o tênis é muito cruel com seus
profissionais. Não é uma questão de preconceito,
mas de uma dura realidade observada nos resultados. A matemática
mostra que os tenistas têm mais de 90% de suas conquistas
obtidas entre os 18 e os 28 anos.
Tudo bem, é um absurdo dizer que um cara de 29 ou 30
anos já não consiga jogar tão bem quanto
um garotão de 18. O problema é que, com o grande
número de compromissos que o circuito profissional
exige, fica difícil manter o ritmo por uma sequência
de jogos. Com isso, o atleta vai caindo no ranking.
É a atual situação de Michael Chang e
Jim Courier, por exemplo. Ex-campeões de torneios do
Grand Slam, estão batendo na casa dos 30 anos e ocupam
posições modestas no ranking. Mas continuam
no circuito, porque gostam da coisa.
Os títulos estão cada vez mais raros para os
dois, mas eles são jogadores que podem entrar na quadra
numa primeira rodada e bater qualquer um, qualquer um mesmo,
seja Sampras, Agassi, Enqvist ou Kuerten. Por isso é
bom respeitar esses veteranos.
Por
onde anda Thomas Muster?
Paulo Monteiro Ribas (São Paulo, SP)
Falando
em veteranos precoces, o austríaco de 32 anos jogou
apenas 11 torneios no ano passado, terminando a temporada
na posição 188 do ranking da ATP.
Neste ano, Muster ainda não deu as caras em nenhum
evento do circuito. Como o tenista nunca foi do tipo de dar
atenção à imprensa, não houve
comunicado oficial sobre seus planos na temporada. Por enquanto,
trata-se de uma parada sem previsão de volta, mas pode
ser uma aposentadoria definitiva.
E-mail: thalesmenezes@uol.com.br
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