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Quarta-feira, 10 de maio de 2000

O COLUNISTA RESPONDE

Thales de Menezes
     



“Fico revoltado quando o Fernando Meligeni é chamado de veterano em algumas reportagens. Puxa, ele tem só 29 anos? Não há um preconceito besta nisso tudo?”
Valéria Gonçalves (Presidente Prudente, SP)

Realmente, Valéria, o tênis é muito cruel com seus profissionais. Não é uma questão de preconceito, mas de uma dura realidade observada nos resultados. A matemática mostra que os tenistas têm mais de 90% de suas conquistas obtidas entre os 18 e os 28 anos.

Tudo bem, é um absurdo dizer que um cara de 29 ou 30 anos já não consiga jogar tão bem quanto um garotão de 18. O problema é que, com o grande número de compromissos que o circuito profissional exige, fica difícil manter o ritmo por uma sequência de jogos. Com isso, o atleta vai caindo no ranking.

É a atual situação de Michael Chang e Jim Courier, por exemplo. Ex-campeões de torneios do Grand Slam, estão batendo na casa dos 30 anos e ocupam posições modestas no ranking. Mas continuam no circuito, porque gostam da coisa.

Os títulos estão cada vez mais raros para os dois, mas eles são jogadores que podem entrar na quadra numa primeira rodada e bater qualquer um, qualquer um mesmo, seja Sampras, Agassi, Enqvist ou Kuerten. Por isso é bom respeitar esses “veteranos”.



“Por onde anda Thomas Muster?”
Paulo Monteiro Ribas (São Paulo, SP)

Falando em veteranos precoces, o austríaco de 32 anos jogou apenas 11 torneios no ano passado, terminando a temporada na posição 188 do ranking da ATP.

Neste ano, Muster ainda não deu as caras em nenhum evento do circuito. Como o tenista nunca foi do tipo de dar atenção à imprensa, não houve comunicado oficial sobre seus planos na temporada. Por enquanto, trata-se de uma parada sem previsão de volta, mas pode ser uma aposentadoria definitiva.



E-mail: thalesmenezes@uol.com.br



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