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04/08/2003
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06h40
Pontilhada por coqueiros, a praia do Pesqueiro, o principal cartão-postal de Marajó, é frequentada por banhistas, artesãos e aves, numa relação quase simbiótica. Lagoas formadas na praia, quando a maré seca, são ideais para deixar as crianças nadarem sem medo, e os pássaros, que vão ali para se alimentar, deixam o cenário ainda mais colorido. E os banhistas agradecem.
Desfilam ali o vermelho guará, o rosa colhereiro e a branca garça. Isso sem contar outras aves, como o biguá e o pato selvagem, que também circulam pela praia.
As chances de ver o guará, que, segundo alguns moradores, é vermelho porque come um crustáceo chamado sarará, aumentam no mês de setembro.
Do outro lado de um igarapé, que deságua na baía de Marajó, há uma vila de pescadores, que não vivem mais só de peixe.
"Atualmente também trabalham com fitoterapia", afirma Jerônimo Brito, dono da fazenda São Jerônimo.
Os pescadores aproveitam as plantas da região, como a semente de andiroba, para preparar sabonete e xampu. "Na crise da dengue, eles produziram muita vela de andiroba, que serve como repelente", conta Brito.
Logo na entrada da praia, o artesão Antônio Pinto, 42, que mora ali mesmo, em uma casa de madeira e palha, expõe seu trabalho. Ele transforma tudo o que encontra na praia, como o material trazido pela maré, em artesanato. Sementes de inajá viram guarás e garças com bicos feitos de pata de caranguejo.
Com cortiça, ele talha araras e tucanos. O talo do açaizeiro é usado para fazer uma barraquinha, com palha de coqueiro no teto. O osso da cabeça do peixe gorijuba vira um Cristo crucificado.
"Só a perna e o rosto de Jesus são de epóxi, o resto é do peixe mesmo", explica o artesão, que já expôs seu trabalho em Brasília. Os preços variam de R$ 2 a R$ 10.
Não tão bonita quanto a praia do Pesqueiro, a Barra Velha, outro local famoso em Soure, chama a atenção pela profusão das raízes aéreas dos mangueiros. Para chegar lá, se atravessa a pé uma ponte de madeira, passando por cima do mangue. Há barracas para comprar bebidas e petiscos.
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Aves deixam praia do Pesqueiro colorida
do enviado especial da Folha de S.Paulo ao ParáPontilhada por coqueiros, a praia do Pesqueiro, o principal cartão-postal de Marajó, é frequentada por banhistas, artesãos e aves, numa relação quase simbiótica. Lagoas formadas na praia, quando a maré seca, são ideais para deixar as crianças nadarem sem medo, e os pássaros, que vão ali para se alimentar, deixam o cenário ainda mais colorido. E os banhistas agradecem.
Desfilam ali o vermelho guará, o rosa colhereiro e a branca garça. Isso sem contar outras aves, como o biguá e o pato selvagem, que também circulam pela praia.
As chances de ver o guará, que, segundo alguns moradores, é vermelho porque come um crustáceo chamado sarará, aumentam no mês de setembro.
Do outro lado de um igarapé, que deságua na baía de Marajó, há uma vila de pescadores, que não vivem mais só de peixe.
"Atualmente também trabalham com fitoterapia", afirma Jerônimo Brito, dono da fazenda São Jerônimo.
Os pescadores aproveitam as plantas da região, como a semente de andiroba, para preparar sabonete e xampu. "Na crise da dengue, eles produziram muita vela de andiroba, que serve como repelente", conta Brito.
Logo na entrada da praia, o artesão Antônio Pinto, 42, que mora ali mesmo, em uma casa de madeira e palha, expõe seu trabalho. Ele transforma tudo o que encontra na praia, como o material trazido pela maré, em artesanato. Sementes de inajá viram guarás e garças com bicos feitos de pata de caranguejo.
Com cortiça, ele talha araras e tucanos. O talo do açaizeiro é usado para fazer uma barraquinha, com palha de coqueiro no teto. O osso da cabeça do peixe gorijuba vira um Cristo crucificado.
"Só a perna e o rosto de Jesus são de epóxi, o resto é do peixe mesmo", explica o artesão, que já expôs seu trabalho em Brasília. Os preços variam de R$ 2 a R$ 10.
Não tão bonita quanto a praia do Pesqueiro, a Barra Velha, outro local famoso em Soure, chama a atenção pela profusão das raízes aéreas dos mangueiros. Para chegar lá, se atravessa a pé uma ponte de madeira, passando por cima do mangue. Há barracas para comprar bebidas e petiscos.
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