Publicidade
Publicidade
04/08/2003
-
06h51
Locação do programa "No Limite 3" (Globo), em 2001, a fazenda São Jerônimo colhe os frutos da exposição em rede nacional. Ainda estão lá as estruturas montadas pelos cenógrafos.
Mesmo quem não acompanhou o programa pode embarcar nas atividades e nos passeios, como um que leva até a praia do Limite, nome que ganhou após a exibição do "reality show".
A jornada, uma maratona tripla com passeio de canoa, de charrete e a pé, dura duas horas e meia.
Acompanhado de guias, o primeiro destino é o igarapé Tucumandubinha, onde se pega a canoa. O curioso é que o igarapé estará completamente seco em seis horas e meia.
É o chamado fenômeno das marés, explica Jerônimo Brito, 33, proprietário da fazenda. "Nós fazemos o mesmo passeio com os turistas pelo igarapé seco, a pé, para mostrar esse fenômeno."
No caminho, o turista encontra macacos-de-cheiro pelas árvores. Ali, pescam-se traíra, bagre, pescadinha, cangatá e pacamun, usado para fazer a mojica de pacamun, sopa apreciada pelos locais.
Plantas com nomes exóticos como taboca, cipó-bamburrá (com flores brancas, amarelas e lilases) e siriúba surgem nas margens do igarapé. Vastos coqueirais completam a paisagem. A fazenda produz 10 mil cocos por mês.
Já é possível escutar o barulho do "mar" vindo da baía de Marajó, palco de uma batalha entre dois gigantes: o rio Amazonas e o oceano Atlântico. A água ora está mais salgada, ora está mais doce, mas sempre salobra (mistura de doce com salgada).
No trecho do igarapé após a Boca da Glória, a paisagem ganha contornos fantasmagóricos, com as raízes aéreas dos mangueiros e a sombra das copas das árvores. Caranguejinhos, como o carixá e o sarará, aparecem nas raízes.
Depois do igarapé, são mais 500 metros até a praia do Limite. A volta é em uma charrete.
Há outros passeios, como o ciclo do açaí -em que o grupo apanha o açaí no pé e o leva para máquinas onde ele será batido para tirar o "vinho"-; o ciclo do caranguejo --em que os turistas caçam e cozinham o caranguejo--; e o ciclo do coco --em que o grupo apanha o coco e conhece a fábrica de beneficiamento da fibra, que vira estofado de carro.
Na mesa
O café da manhã é um banquete no qual reina o búfalo, a começar pelo frito do vaqueiro, prato rico em energia. "Os vaqueiros têm que comer algo forte. Às vezes, eles só voltam [do trabalho] às 17h", explica Perla Brito, proprietária. Na mesa também estão o leite da búfala e seus derivados: coalhada, doce de leite, queijo e manteiga. Há, ainda, cuscuz de tapioca e de milho, bolo de abacaxi e de macaxeira, frutas, sucos, tapioca, pão e goiabada.
A cultura aparece nas apresentações de grupos de carimbó, lundu, siriá, macariquinho e da dança do vaqueiro, ritmos locais.
A fazenda tem cinco suítes para até três pessoas cada uma.
Leia mais:
Magia de Marajó cativa até águas
Passeio sob árvores desestressa
Pacotes para o Pará
Fazenda ajuda a estreitar laços com animais
Repórter vira peão e toca búfalos na ilha de Marajó
Aves deixam praia do Pesqueiro colorida
Ruína jesuíta ornamenta Joanes
Culinária bufalina cede espaço ao peixe
Artesão de Marajó teme fim de tradição
Orla de Salinas apresenta turista à Amazônia oceânica
Praia do Pilão é território de um pescador só
Forte de Belém volta a sua plástica antiga
Presídio de Belém guarda jóias amazônicas
Casa das 11 janelas abriga espaço cultural
Especial
Veja galeria de fotos da ilha de Marajó e de Belém
Maratona tripla leva a praia palco de "No Limite"
do enviado especial da Folha de S.Paulo ao ParáLocação do programa "No Limite 3" (Globo), em 2001, a fazenda São Jerônimo colhe os frutos da exposição em rede nacional. Ainda estão lá as estruturas montadas pelos cenógrafos.
Mesmo quem não acompanhou o programa pode embarcar nas atividades e nos passeios, como um que leva até a praia do Limite, nome que ganhou após a exibição do "reality show".
A jornada, uma maratona tripla com passeio de canoa, de charrete e a pé, dura duas horas e meia.
Acompanhado de guias, o primeiro destino é o igarapé Tucumandubinha, onde se pega a canoa. O curioso é que o igarapé estará completamente seco em seis horas e meia.
É o chamado fenômeno das marés, explica Jerônimo Brito, 33, proprietário da fazenda. "Nós fazemos o mesmo passeio com os turistas pelo igarapé seco, a pé, para mostrar esse fenômeno."
No caminho, o turista encontra macacos-de-cheiro pelas árvores. Ali, pescam-se traíra, bagre, pescadinha, cangatá e pacamun, usado para fazer a mojica de pacamun, sopa apreciada pelos locais.
Plantas com nomes exóticos como taboca, cipó-bamburrá (com flores brancas, amarelas e lilases) e siriúba surgem nas margens do igarapé. Vastos coqueirais completam a paisagem. A fazenda produz 10 mil cocos por mês.
Já é possível escutar o barulho do "mar" vindo da baía de Marajó, palco de uma batalha entre dois gigantes: o rio Amazonas e o oceano Atlântico. A água ora está mais salgada, ora está mais doce, mas sempre salobra (mistura de doce com salgada).
No trecho do igarapé após a Boca da Glória, a paisagem ganha contornos fantasmagóricos, com as raízes aéreas dos mangueiros e a sombra das copas das árvores. Caranguejinhos, como o carixá e o sarará, aparecem nas raízes.
Depois do igarapé, são mais 500 metros até a praia do Limite. A volta é em uma charrete.
Há outros passeios, como o ciclo do açaí -em que o grupo apanha o açaí no pé e o leva para máquinas onde ele será batido para tirar o "vinho"-; o ciclo do caranguejo --em que os turistas caçam e cozinham o caranguejo--; e o ciclo do coco --em que o grupo apanha o coco e conhece a fábrica de beneficiamento da fibra, que vira estofado de carro.
Na mesa
O café da manhã é um banquete no qual reina o búfalo, a começar pelo frito do vaqueiro, prato rico em energia. "Os vaqueiros têm que comer algo forte. Às vezes, eles só voltam [do trabalho] às 17h", explica Perla Brito, proprietária. Na mesa também estão o leite da búfala e seus derivados: coalhada, doce de leite, queijo e manteiga. Há, ainda, cuscuz de tapioca e de milho, bolo de abacaxi e de macaxeira, frutas, sucos, tapioca, pão e goiabada.
A cultura aparece nas apresentações de grupos de carimbó, lundu, siriá, macariquinho e da dança do vaqueiro, ritmos locais.
A fazenda tem cinco suítes para até três pessoas cada uma.
Leia mais:
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- De centenárias a modernas, conheça as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo
- Legoland inaugura parque temático de artes marciais com atração 3D
- Na Itália, ilha de Ischia é paraíso de águas termais e lamas terapêuticas
- Spa no interior do Rio controla horário de dormir e acesso à internet
- Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
+ Comentadas
Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade
Copyright Folha.com. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha.com.