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05/04/2004
-
04h55
Ícone gastronômico de Florianópolis, o Box 32, localizado dentro no Mercado Municipal, abre sua primeira filial no Floripa Shopping, que deve ser inaugurado em novembro. O dono da casa, Beto Barreiros, afirma só ter aceitado o convite de montar a nova unidade porque o arquiteto do shopping, André Sá, concebeu ali uma réplica do mercado, com tabacaria, loja de vinhos, peixaria e floricultura, todas em frente ao restaurante, na alameda do Box 32.
No shopping, o restaurante de Beto Barreiros ainda abrigará o primeiro bar de ostras de Florianópolis, capital do Estado responsável por cerca de 90% da produção do molusco no Brasil. "Será o canto do executivo", comenta Carlos Amastha, empreendedor do shopping.
A filial do Box 32 deve ajudar a desafogar a matriz, que, no último dia 2 de janeiro, tradicionalmente o mais movimentado do ano, recebeu o público recorde de 2.053 clientes para ser acomodado nos cem assentos do local.
"Eu levo o ano inteiro tentando me esquecer desse dia, mas ele sempre volta", brinca Barreiros. Na data, foram vendidos 3.000 pastéis de camarão (R$ 4,80) e preparados 300 kg de recheio da iguaria.
Exibindo em suas paredes fotos de personalidades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de atores globais, o restaurante costuma ficar apinhado de gente principalmente no fim da tarde, quando a maioria das lojas do mercado fecham suas portas.
Seus fregueses ali fazem uma happy hour recheada com bolinho de bacalhau (R$ 4,20 a unidade), ostras vivas, mariscos e garras de caranguejo (R$ 52 a porção com oito de cada um), camarão empanado com catupiry (R$ 4,20), presunto espanhol pata negra (R$ 32 meia porção) ou lulas grelhadas ao alho, manteiga e ervas (R$ 26 meia porção).
Os preços e o cardápio à primeira vista não combinam muito com um mercado, mas Barreiros faz questão de manter seu estabelecimento ali e explica o porquê: "As pessoas muito viajadas sempre visitam os mercados públicos, que são a alma da cidade". Para ele, é preciso redescobrir os mercados, que são importantes pontos de encontro e "os espaços mais democráticos do Brasil".
Cachaça
Além do próprio restaurante, a cachaça do Box 32 (R$ 23 a garrafa de 750 ml) tem sua fama. Proveniente da cidade de Luís Alves, perto de Blumenau, com exclusividade para o box, a bebida foi eleita a melhor cachaça artesanal do país pela revista "Vinho Magazine" de outubro de 2003. Há 20 anos, quando começou a comercializar a bebida, Barreiros conta que pintava os rótulos de cada garrafa com o lápis de cor da filha.
De lá para cá, muita coisa mudou no mercado e na própria Florianópolis, que começa a despertar sua vocação gastronômica e deve ganhar, dentro de seis meses, uma escola de gastronomia, de acordo com Barreiros.
Enquanto isso, o Box 32, que acaba de completar 20 anos, continua fazendo história. Uma história que renderá quatro livros com os seguintes temas: histórico do local; receitas; fotos; e fatos corriqueiros que ali ocorreram. Será lançado um volume por ano a partir de 2004, e talvez o mais saboroso seja o último.
Nele, Barreiros conta como ensinou o compositor argentino Astor Piazzolla a fazer caipirinha sem saber de quem se tratava e ganhou como agradecimento dois convites para uma apresentação na cidade; dos telefonemas que recebia do Bandido da Luz Vermelha pedindo emprego no box; e do concerto que o violinista russo Viktor Tretjakow deu no box como pagamento por um pastel e um chope, os quais Barreiros já tinha deixado por conta da casa. "Cada um paga como pode", comenta ele.
Box 32 - Mercado Público Municipal; box 32, tel.: 0/xx/48/224-5588; www.box32.com.br.
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da enviada especial da Folha de S.Paulo a Santa CatarinaÍcone gastronômico de Florianópolis, o Box 32, localizado dentro no Mercado Municipal, abre sua primeira filial no Floripa Shopping, que deve ser inaugurado em novembro. O dono da casa, Beto Barreiros, afirma só ter aceitado o convite de montar a nova unidade porque o arquiteto do shopping, André Sá, concebeu ali uma réplica do mercado, com tabacaria, loja de vinhos, peixaria e floricultura, todas em frente ao restaurante, na alameda do Box 32.
No shopping, o restaurante de Beto Barreiros ainda abrigará o primeiro bar de ostras de Florianópolis, capital do Estado responsável por cerca de 90% da produção do molusco no Brasil. "Será o canto do executivo", comenta Carlos Amastha, empreendedor do shopping.
A filial do Box 32 deve ajudar a desafogar a matriz, que, no último dia 2 de janeiro, tradicionalmente o mais movimentado do ano, recebeu o público recorde de 2.053 clientes para ser acomodado nos cem assentos do local.
"Eu levo o ano inteiro tentando me esquecer desse dia, mas ele sempre volta", brinca Barreiros. Na data, foram vendidos 3.000 pastéis de camarão (R$ 4,80) e preparados 300 kg de recheio da iguaria.
Exibindo em suas paredes fotos de personalidades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de atores globais, o restaurante costuma ficar apinhado de gente principalmente no fim da tarde, quando a maioria das lojas do mercado fecham suas portas.
Seus fregueses ali fazem uma happy hour recheada com bolinho de bacalhau (R$ 4,20 a unidade), ostras vivas, mariscos e garras de caranguejo (R$ 52 a porção com oito de cada um), camarão empanado com catupiry (R$ 4,20), presunto espanhol pata negra (R$ 32 meia porção) ou lulas grelhadas ao alho, manteiga e ervas (R$ 26 meia porção).
Os preços e o cardápio à primeira vista não combinam muito com um mercado, mas Barreiros faz questão de manter seu estabelecimento ali e explica o porquê: "As pessoas muito viajadas sempre visitam os mercados públicos, que são a alma da cidade". Para ele, é preciso redescobrir os mercados, que são importantes pontos de encontro e "os espaços mais democráticos do Brasil".
Cachaça
Além do próprio restaurante, a cachaça do Box 32 (R$ 23 a garrafa de 750 ml) tem sua fama. Proveniente da cidade de Luís Alves, perto de Blumenau, com exclusividade para o box, a bebida foi eleita a melhor cachaça artesanal do país pela revista "Vinho Magazine" de outubro de 2003. Há 20 anos, quando começou a comercializar a bebida, Barreiros conta que pintava os rótulos de cada garrafa com o lápis de cor da filha.
De lá para cá, muita coisa mudou no mercado e na própria Florianópolis, que começa a despertar sua vocação gastronômica e deve ganhar, dentro de seis meses, uma escola de gastronomia, de acordo com Barreiros.
Enquanto isso, o Box 32, que acaba de completar 20 anos, continua fazendo história. Uma história que renderá quatro livros com os seguintes temas: histórico do local; receitas; fotos; e fatos corriqueiros que ali ocorreram. Será lançado um volume por ano a partir de 2004, e talvez o mais saboroso seja o último.
Nele, Barreiros conta como ensinou o compositor argentino Astor Piazzolla a fazer caipirinha sem saber de quem se tratava e ganhou como agradecimento dois convites para uma apresentação na cidade; dos telefonemas que recebia do Bandido da Luz Vermelha pedindo emprego no box; e do concerto que o violinista russo Viktor Tretjakow deu no box como pagamento por um pastel e um chope, os quais Barreiros já tinha deixado por conta da casa. "Cada um paga como pode", comenta ele.
Box 32 - Mercado Público Municipal; box 32, tel.: 0/xx/48/224-5588; www.box32.com.br.
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