Descrição de chapéu Todo mundo lê junto férias

Parque Kidzania vai abrir as portas entre abril e junho e trará novidades

Cidade só para crianças, fechada desde 2020, vai ter novas profissões; investimento é de R$ 30 milhões

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São Paulo

Está lá até hoje, no segundo subsolo do Shopping Eldorado, em São Paulo, o bico do avião que, por quase seis anos, levava crianças todos os dias para a KidZania, uma "cidade" feita só para gente pequena. E não passa um dia sem que famílias parem embaixo da aeronave para bater à porta de vidro e perguntar se a cidade vai abrir de novo algum dia.

Pois a resposta é "sim", a KidZania vai voltar a funcionar, e não falta muito tempo para que isso aconteça —vai ser entre abril e junho deste ano.

Carro de bombeiros em uma das ruas da KidZania, que está fechada desde 2020 - Zanone Fraissat/Folhapress

Para quem não se lembra do que acontecia lá dentro antes que a pandemia obrigasse o parque a fechar, o resumo é: a KidZania é um lugar de 8.500 metros onde crianças até os 14 anos experimentam exercer várias profissões e aprendem a cuidar do seu dinheiro (os kidzos, moeda nascida e criada lá). Tudo em um lugar com as coisas em tamanho proporcional às crianças, em escala especial.

A história do avião que decora a fachada, e dos "voos" que ele realizava, faz parte da ideia de que, para desfrutar da KidZania, as pessoas "viajam" até o que seria uma cidade especial no mapa. Todo mundo precisa passar por um balcão de embarque antes de começar a brincadeira —na saída, prestam contas no balcão da imigração.

A KidZania existe em 28 cidades de 22 países. No Brasil, sua primeira versão foi inaugurada no final de 2014 e fechou de vez as portas dia 16 de março de 2020, por conta do coronavírus.

Agora com novos operadores e cerca de R$ 30 milhões investidos, a cidade está passando por obras e se prepara para o grande retorno, reunindo novidades. Entre as novas profissões disponíveis está a de influenciador digital.

"Na escola de influencers, as crianças vão ter à disposição um celular e tudo de que precisarem para produzir conteúdo digital", adianta Sergio Domanico, country manager da KidZania Brasil.

Também vai dar para experimentar como é o trabalho de um músico —no espaço da School of Rock, os futuros profissionais vão aprender em 20 minutos a tocar uma música, no instrumento que preferirem. Depois, é a hora da apresentação.

Cada profissão da KidZania é apresentada e coordenada por uma empresa de renome naquela área. Quem quiser ver de perto o que fazem os jornalistas, por exemplo, vai ao espaço da Folha.

Na 'redação' da Folha da KidZania, desativada atualmente, vai dar para trabalhar como repórter ou como fotógrafo - Zanone Fraissat/Folhapress

Dá para escolher entre ser repórter ou fotógrafo. Daí, em duplas, é preciso percorrer a KidZania atrás de uma boa notícia para dar no jornal —e nada de fake news, hein? Na volta à redação, que é como se chama o lugar onde jornalistas trabalham, a tarefa é diagramar e publicar o trabalho.

A lista de profissões disponíveis inclui bombeiro, transporte de valores, médico, vendedor, policial investigativo, piloto e comissário de avião, entre muitos. Cada atividade leva entre 25 e 30 minutos, e o trabalhador sai delas com seu pagamento em kidzos no bolso.

Assim, dá para gastá-los nas atrações da KidZania: comprar hambúrguer, ir na joalheria, dar um pulo no cabeleireiro ou na barbearia, arriscar uma visita ao estúdio de tatuagem.

Outras opções são poupar esse dinheiro, deixando no banco (há uma agência especial na KidZania) e sacando-os na próxima visita à cidade, ou fazer uma doação no escritório da Unicef instalado lá (onde também dá para trabalhar como agente de captação).

E, não, não dá para "comprar" dinheiro para chegar lá com mais grana no bolso —na KidZania é todo mundo igual, sem truque tipo videogame antes de começar o jogo.

"Nossa preocupação maior é com a segurança", diz Sergio Domanico. "Há 300 câmeras espalhadas pela cidade e temos um esquema rígido com pulseiras de identificação que conectam todas as crianças às suas famílias."

Por falar em famílias, ao contrário do que acontece no mundo real são os adultos que pagam meia para entrar na KidZania. Eles podem ficar junto das crianças na fila e do lado de fora das atrações, e também podem descansar numa sala especial para eles.

A nova KidZania espera receber de 300 a 400 mil pessoas em seu primeiro ano de funcionamento, segundo Sergio. Durante a semana, só escolas vão poder visitar —e as interessadas já podem mandar email para o contato@kidzania.com.br. De sexta à tarde a domingo, será a vez das famílias.

"Vamos ter muitas profissões novas. Também queremos lançar um aplicativo em que será possível reservar até três atividades com antecedência", conta Sergio. "Além disso, estamos estudando ter noites de amigos abertas a quem já passou dos 14 anos, tanto adolescentes quanto adultos."

TODO MUNDO LÊ JUNTO

Texto com este selo é indicado para ser lido por responsáveis e educadores com a criança

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