Amphilophio de Mello Filho (1917-2014)
Dr. Mello orgulhava-se da família de advogados
Os cinco filhos tornaram-se advogados, e grande parte dos netos também. Para demonstrar o orgulho que sentia pelos descendentes terem seguido seus passos, Amphilophio de Mello Filho decorou as paredes do escritório de casa com alguns dos diplomas.
Quando a quinta neta resolveu "quebrar a regra", até tentou convencê-la a mudar de graduação. Com o tempo, porém, descobriu que a futura jornalista da família ao menos compartilhava (e muito) o seu gosto pelos livros.
Dr. Mello, como era conhecido, tinha como principal hobby a leitura. Montou uma enorme biblioteca, cheia de obras do direito, já que também se dedicou à docência em faculdades de Americana e Jundiaí, no interior paulista.
Aposentado pela Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo desde 1977, pode curtir os netos, que começaram a nascer no ano seguinte.
Antes, teve seu próprio escritório. Foi durante as andanças pelo Tribunal de Justiça, aliás, que conheceu a mulher, Maria Lucia.
Costumava reunir a família aos sábados para um almoço de cardápio variado.
O que não podia faltar eram os pasteizinhos --também adorava qualquer fruta. Se a iguaria não era feita em casa, os netos traziam uma porção do Voga, tradicional pastelaria da paulista Campinas, onde vivia desde 1961, quando foi designado a instalar o primeiro serviço de assistência judiciária da região.
Morreu no domingo (14), aos 97, de problemas de saúde causados pela idade. Deixa Maria Lucia, após quase 66 anos de casamento --que seriam completados nesta terça-feira (16). Teve cinco filhos, 12 netos e três bisnetos.