Pressionado, Alckmin cria comitê de crise
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), instituiu um comitê de crise para o planejamento de ações diante dos efeitos da maior estiagem da Grande São Paulo.
A medida veio após prefeitos da região metropolitana de SP criticarem a falta de transparência na condução da crise hídrica pelo governo estadual.
"Não podemos receber uma notícia como a do rodízio pela televisão", disse o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT).
O comitê, coordenado pela Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, conta com mais quatro pastas estaduais (entre elas a de Saúde e Segurança Pública), o prefeito Fernando Haddad (PT) e presidentes de consórcios intermunicipais de saneamento.
Chamado de Comitê da Crise Hídrica, o grupo poderá convidar representantes da sociedade civil.
O objetivo será discutir com os prefeitos ações para amenizar a falta de água na Grande SP e informar sobre ações restritivas a "tempo hábil para adoção de medidas adaptativas".
Ontem (4/2), o TJ-SP negou o recurso que questionava a aplicação de sobretaxa para quem aumentasse o consumo de água.
No mesmo dia, Alckmin disse que as "mudanças climáticas vieram para ficar". "Temos de nos preparar e aumentar a reservação [de água]. Quando chove, chove demais, precisa guardar água, e quando faz seca, faz seca demais"