Cidades usam drones para combater dengue
Aparelhos ajudam a localizar água parada; casos da doença triplicaram em São Paulo
Para tentar evitar uma nova epidemia de dengue, ao menos três prefeituras estão recorrendo a drones --veículos aéreos não tripulados. O objetivo é localizar áreas de risco de proliferação do mosquito transmissor da doença.
Os equipamentos já estão em operação nas cidades paulistas de Santos e Limeira. A Prefeitura de Chapecó, em Santa Catarina, ainda aguarda autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Uma câmera acoplada ao drone mapeia pontos de difícil acesso, como caixas-d'água, mata fechada ou imóveis abandonados. Com as imagens, as prefeituras conseguem pressionar, sob pena de multa, os proprietários que negam acesso aos agentes.
Nesta terça (3), a Folha acompanhou uma ação com o drone em Santos. Em poucos segundos, o equipamento mostrou criadouros em potencial, que poderiam demorar meses para ser detectados.
Os casos de dengue na capital paulista quase triplicaram em janeiro de 2015 em comparação ao ano anterior, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Foram 1.304 casos entre os dias 4 e 24 de janeiro deste ano, contra 495 no mesmo período de 2014.
Segundo a Coordenação de Vigilância em Saúde, a alta está relacionada com o calor e o acúmulo de água sem proteção, devido a crise hídrica.
A Prefeitura de São Paulo estima que a cidade pode enfrentar uma situação crítica em 2015, com até 90 mil casos de dengue até o fim do ano.