Sofrência promete superar axé no Carnaval baiano
Do alto do trio elétrico, o "tira o pé do chão" promete dar lugar a casais que dançam agarrados em movimentos ritmados. E a "terra da alegria" deve abrir espaço para a sofrência --neologismo que mistura sofrimento e carência.
No ano em que a axé music completa 30 anos, a escassez de hits do gênero vem sendo ocupada por ritmos como o arrocha, uma seresta com batida mais acelerada da qual faz parte a sofrência.
Neste ano, cinco músicas "arrocheiras" estão entre as mais tocadas nas rádios: a sofrência "Homem Não Chora", do cantor Pablo; "Gordinho Gostoso", de Neto LX; "Xenhenhém", do Psirico; "Cartório", de Claudia Leitte, e "Beijo de Hortelã", de Ivete Sangalo.
O arrocha já foi hit do Carnaval em 2014, com "Lepo Lepo", e muitos apostam num bicampeonato do gênero. "A avenida também é lugar de chorar e ser romântico", diz Pablo.