Relatório de ONG critica presídios brasileiros
Anistia Internacional cita 'condições degradantes'
Locais onde há "superlotação extrema, condições degradantes, e onde casos de tortura e violência continuam sendo endêmicos". É nesses termos que a ONG Anistia Internacional classifica os presídios brasileiros.
A crítica faz parte do capítulo brasileiro da edição 2014/15 do relatório "O Estado dos Direitos Humanos no Mundo", emitido anualmente pela entidade e que será divulgado nesta quinta (25). Na parte que trata do Brasil, o destaque é a falência da segurança pública.
A crise no complexo penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, que já deixou 78 detentos mortos, é citada como exemplo desse quadro.
Procurado, o Ministério da Justiça informou que não comentaria o assunto, pois ainda não teve acesso ao relatório. Em 2012, o titular da pasta, José Eduardo Cardozo, declarou que o sistema prisional brasileiro é medieval e afirmou preferir morrer a cumprir uma pena longa no país.
Outro fator que expõe a ineficiência da segurança pública citado no texto é a curva ascendente de homicídios no país. "Cultivamos a ideia de um país pacífico, mas convivemos com números de homicídios que superam, inclusive, situações onde existem conflitos armados e guerras", afirma Atila Roque, diretor-executivo da Anistia Internacional no Brasil.