Outro lado
Gestões trocam acusações e falam em investimentos
Secretário de Transportes na atual gestão e também da administração Marta Suplicy (PT), Jimar Tatto culpa os sucessores pela "descontinuidade" dos projetos.
"Teve um congelamento tanto do ponto de vista de novas estações, corredores e terminais como de tecnologia, que deveria ter sido atualizada. Os validadores [de Bilhete Único] também ficaram obsoletos. Foi tudo paralisado, colocando em risco o funcionamento da bilhetagem", disse o secretário.
Segundo ele, a licitação, que deveria ter sido feita ainda na gestão Gilberto Kassab (PSD), se arrastou até agora por causa de questionamentos do TCM (Tribunal de Contas do Município).
Tatto diz que, quando retornou à secretaria, não havia nem projetos de corredores.
"Tivemos que refazer vários projetos", disse ele, que promete entregar "ou deixar em obras" 150 km de corredores até 2016, assim como entregar novos terminais.
A assessoria de imprensa do senador José Serra (PSDB), que foi prefeito entre 2005 e 2006, informou em nota que sua gestão "teve como marca a implementação de um transporte público eficiente em contraposição ao sistema deficitário, irracional, caótico e anárquico deixado pela gestão anterior".
Segundo a nota, Serra regularizou os contratos que foram licitados em 2003, formalizou o Bilhete Único e o integrou ao Metrô e à CPTM.
De acordo com ele, também foi necessário renovar a tecnologia para conter fraudes que ocorriam por causa de falhas no sistema.
Sucessor de Serra --que deixou a prefeitura para ser governador--, Gilberto Kassab (PSD) afirma que fez "amplos investimentos em estrutura para o transporte público, além de injetar R$ 1 bilhão com recursos municipais para a expansão da rede metrô".
Kassab diz que, além de entregar 11,8 km de corredores e inaugurar terminais, implementou 100 km de faixas exclusivas de ônibus, renovou 89% da frota de ônibus e colocou em prática a integração do Bilhete Único com o Metrô e a CPTM.