Professores da rede estadual de SP decidem entrar em greve na 2ª
Categoria pede 75% de reajuste; governo diz que, em quatro anos, aumento foi de 45%
Professores da rede estadual de São Paulo decidiram, em assembleia na tarde desta sexta (13), entrar em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (16).
O grupo se reuniu no vão livre do Masp, na av. Paulista (região central de São Paulo), antes de se unir a outros movimentos que protestavam no local. Segundo a Apeoesp (sindicato dos professores estaduais), cerca de 10 mil docentes compareceram.
De acordo com o sindicato, a adesão à paralisação não deve ser grande num primeiro momento, mas a intenção é visitar escolas e mobilizar a categoria. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima sexta (20), também no vão do Masp, às 14h.
A assessoria do sindicato afirmou que tem conversado com o governo estadual, mas não recebeu nenhum aceno sobre reajuste salarial.
A categoria, que tem data-base em março, reivindica reajuste de 75,33%, o que, segundo o sindicato, visa a equiparação com as demais categorias com formação de nível superior --o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.
AULAS
A Secretaria Estadual da Educação orienta que os estudantes compareçam normalmente às escolas na segunda-feira.
"A pasta acredita que a decisão de um dos sindicatos de professores, a Apeoesp, não representa os mais de 230 mil professores da rede", disse a secretaria. De acordo com o sindicato, 175 mil professores são associados à Apeoesp.
Segundo a secretaria, a categoria teve, em quatro anos, um aumento acumulativo de 45% e alcançou piso 26% maior do que o nacional.